RIO - De um ano e meio para cá, carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Botafogo, braço operacional dos Correios, foram assaltados pelo menos uma vez a cada dois meses. Na manhã de sexta-feira passada, eles se assustaram e viveram momentos de tensão ao descobrirem por acaso o conteúdo de minicontêineres vindos da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), que fica em Itajubá, no Sul de Minas, com destino certo: 80 fuzis 7,62, com cinco carregadores cada, encomendados pela Secretaria de Segurança para o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM. Eles chamaram um policial militar na rua, que avisou imediatamente o Bope. Agentes da unidade foram buscar o carregamento, que a Imbel enviou pelos Correios.
A iniciativa da Imbel irritou a cúpula da Secretaria de Segurança, especialmente a subsecretária de Gestão Estratégica da secretaria, Suzy Avelar, que assinou o contrato com a fabricante de armas. Ela disse que nesta terça vai enviar uma carta à Imbel cobrando explicações, já que o contrato prevê a entrega com escolta armada com pelo menos três policiais.
O contrato, no valor de R$ 1,94 milhão, prevê o envio de 400 FALs (fuzis automáticos leves) em cinco remessas. Na primeira delas, diz Suzy Avelar, já havia acontecido um problema, que também constará da carta: apenas um policial fez a escolta dos 80 fuzis.
O Globo.
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