Militar da Marinha foi preso em flagrante no Rio após assediar menina de 13 anos pelo Orkut.
SÃO PAULO - Um militar da reserva da Marinha foi o primeiro indiciado com base na lei que pune com mais rigor os crimes de pedofilia na internet, assinada pelo presidente Lula na quarta-feira, no Rio. O terceiro-sargento Francisco Luís Dias, de 59 anos, foi flagrado ontem por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), armado com uma pistola PT-380, em um encontro com uma adolescente de 13 anos.
A menina era chantageada havia cinco meses por ele para tirar fotos pornográficas. No momento da prisão, Dias foi flagrado com vários vídeos com adolescentes, sendo alguns protagonizados por ele. O acusado, que confessou o crime, tem um filho de 6 anos e uma filha de 16.
Em depoimento à polícia, a adolescente contou que o assédio do pedófilo começou durante as férias de julho. "Ele fez um perfil falso no Orkut e se passou por uma colega minha de escola. Achava que era ela e até ligava a minha câmera. Quando recebi filmes pornográficos, estranhei e parei de falar. Ele se identificou como homem, mostrou uma montagem com a minha imagem e me chantageou. Ameaçava mostrar aos meus amigos se eu não me encontrasse com ele", contou a menina.
Como a menina não aceitou o encontro, Dias fez um perfil falso da garota no Orkut e divulgou uma montagem em vídeo com cenas falsas dela, de sexo, mostrando a seus colegas de escola. Hostilizada no colégio, a menina contou a história para a mãe, que a orientou a continuar a conversa e acionou a polícia. O militar foi preso quando puxava a menina para dentro de seu carro, em um supermercado de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
"Durante o período que este homem infernizou minha filha, várias mães me contaram que passaram pelo mesmo problema e não tiveram coragem de denunciar. Denunciei para que o monstro não faça isso nunca mais. Minha filha teve de mudar de escola", disse F.F..
O delegado de Repressão aos Crimes de Informática, Fernando Vilapouca, disse que o pedófilo pode pegar até 20 anos de prisão, por armazenar e divulgar material de pedofilia.
Estadão.
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