quarta-feira, 11 de maio de 2016

Especialista afirma que grau de aprovação de polícias brasileiras é muito baixo

Afirmação foi feita durante audiência da comissão especial que analisa a unificação das Polícias Civis e Militares
Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Audiência Pública e Reunião Ordinária. Coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP) da Universidade Federal de Minas Gerais, Claudio Chaves Beato Filho
Claudio Beato Filho destacou que a polícia brasileira mais bem avaliada tem apenas 27 por cento de aprovação
O grau de aprovação das polícias brasileiras é muito baixo se comparado a outros países. A afirmação foi feita pelo coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Claudio Chaves Beato Filho, durante audiência pública realizada pela Comissão Especial sobre a Unificação das Polícias Civis e Militares na tarde desta terça-feira (10).
Beato Filho informou que pesquisa feita pelo Datafolha aponta que 50% da população brasileira temem morrer assassinadas nos próximos 12 meses. Segundo o professor, isso leva a uma desconfiança enorme em relação às instituições. “Em torno de apenas 30% veem o judiciário como confiável. E as polícias, as mais bem avaliadas do País, estão com índice de 27% de aprovação. Para se ter uma ideia, a polícia do Chile tem 85%, a polícia de Nova Iorque tem 87% ", destacou.
Para Beato Filho, a desconfiança da população se dá, entre outros fatores, devido à rivalidade entre Polícia Civil e Polícia Militar e ao distanciamento do Ministério Público, problema já resolvido em países onde as polícias foram unificadas.
Claudio Beato Filho considera ainda que, devido aos altos custos, a privatização dos presídios é inevitável.
Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Audiência Pública e Reunião Ordinária. Dep. Vinicius Carvalho (PRB-SP)
Vinicius Carvalho destacou a experiência positiva da Alemanha na unificação das polícias
O relator da comissão, deputado Vinícius Carvalho (PRB-SP), avaliou positivamente a audiência. Ele também mencionou a experiência da polícia alemã, com a qual teve contato durante viagem parlamentar ao país. “Até 1994, a Alemanha tinha dois tipos de polícias, como o nosso sistema. Então a partir de 94, eles decidiram unificar essas duas corporações. Eles começaram a formar um único tipo de profissional da área de segurança em que o Estado decide em qual área aquele profissional, aquele funcionário público vai atuar", explicou.
Segundo o relator, a unificação das polícias na Alemanha aproximou a população da corporação. O deputado acrescentou que irá apresentar relatório sobre a viagem na próxima reunião do grupo.
Agência Câmara. 10.05.2016.
Reportagem - Ana Gabriela Braz
Edição – Mônica Thaty






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