A orelha de abano atinge entre 2% e 5% da população. É um número pequeno, mas que a gente sabe que pode ser motivo de incômodo e bullying.
Não existe nenhum gene que cause a orelha abano. Mas tem famílias com muitos casos – e não necessariamente todos os irmãos, por exemplo, vão ter. Segundo o cirurgião plástica Daniel Volpato, da clínica Young Soul, de Florianópolis, provavelmente há uma hereditariedade. “Quer dizer, a gente sabe que aquilo é herança, como um nariz maior. Mas sempre existem os primeiros casos na família”, explica.
Algumas intervenções podem funcionar, outras não. Existem muitos mitos em torno da orelha de abano, como o caso das faixas. Segundo Volpato, isso apenas resolveria total ou parcialmente dentro de 20 ou 30 dias após o nascimento. Depois disso, a orelha vai ficando mais firme. No caso da orelha de abano, apenas a cirurgia – chamada de otoplastia - funciona.
O que define a orelha de abano é fugir da normalidade. Mas ela pode se apresentar de várias maneiras, com graus mais ou menos intensos. A orelha normal tem uma curvatura que segue e lá em cima divide em duas cristas. Quando tem um plano só, ou seja, a bordinha da orelha não faz a curva e não acaba nas duas cristas, é uma orelha de abano. Outro caso de orelha de abano é quando ela cresce na concha, ou seja, nessa parte de cima. O último caso é quando ela se afasta da cabeça na região posterior.
O pós-operatório a parte que gera mais dúvidas e mitos. Pode acontecer sangramento, alguns hematomas e machucados por causa da faixa de compressão. A criança operada vai tomar antiinflamatórios e analgésicos. “Mas é tranqüilo”, pondera.
Operar ou não- A cirurgia que resolve esse problema é a Otoplastia, e pode corrigir um defeito na estrutura das orelhas presente desde o nascimento, que se torna aparente com o desenvolvimento, ou tratar as orelhas deformadas causadas por lesão. É esta cirurgia a responsável pela criação de uma forma natural, dando equilíbrio e proporção às orelhas e à face.
Apesar de a maioria das pessoas passarem pelo procedimento quando adulta, alguns pais preferem que seus filhos tenham as orelhas corrigidas ainda quando crianças. E a escolha, neste momento, é deles. Segundo o médico cirurgião, a idade ideal para fazer a Otoplastia é a partir dos 5 anos, porque até aí a orelha está crescendo, chegando ao seu formato e tamanho. O melhor é que seja feita a partir dos 7 anos.
A anestesia varia: pode ser local ou geral, dependendo da idade. “Em crianças menores pode ser que façamos cirurgia geral, pois elas não colaboram tanto”, diz.
O ideal da cirurgia é que dê um aspecto natural à orelha, ou seja, ao olhar a pessoa de frente, você enxergue a curvatura da orelha, não a deixando com a parte superior “para trás”, como se estivesse colada.
Fonte: R7. 29.04.2014.
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