quinta-feira, 10 de abril de 2014

"Me sinto enterrado vivo", diz suspeito inocentado de estupro de menor morta

O padeiro Genilson disse que sua vida foi destruída após ter sido acusado (Crédito: TNH1)

Após ter a panificação incendiada e a casa destruída por moradores revoltados, a polícia descartou a participação de Genilson Alves da Silva, 40, no estupro seguido de morte da menina Tamires Érica Caroline da Silva, de apenas 7 anos.

Em entrevista ao TNH na tarde desta terça-feira 8, o delegado Ewerton Gonçalves disse que não há qualquer indício da participação de Genilson Alves na morte da menina. “Foi uma acusação leviana. Fizemos o levantamento e não encontramos qualquer envolvimento de Genilson com o caso”, disse o delegado.
Injustiça
Gonçalves alertou para o problema de a população querer fazer justiça com as próprias mãos diante de casos desse tipo. "É preciso deixar a cargo das autoridades as investigações para não vermos inocentes pagar por crimes que não cometeu.
De acordo com o padeiro Genilson Alves da Silva, a população começou a suspeitar da participação dele por ele ter tentado evitar que a casa de Erinaldo fosse invadida antes da chegada da polícia.“Eu só tentei ajudar pedindo para que as pessoas se acalmassem”, disse.
"Não quero para ninguém o que eu passei. Foi um inferno. As pessoas querendo me matar, me chamando de psicopata. Hoje eu não sei o que fazer, não sei nem para onde ir, porque se eu voltar pra lá vão querer me matar. Me senti enterrado vivo. Todos acham que sou um bandido. Minha vida foi destruída", chorou Genilson Alves da Silva, após ser inocentado pela polícia.
Segundo o delegado, os indícios da autoria material recaem todos sobre Erinaldo Farias, que está preso. Ele teria problemas mentais e faz uso de medicamentos controlados. "A única relação de Genilson com Erinaldo era que o Genilson comprava farinha de trigo a familiares de Erinaldo", explicou o delegado Ewerton Gonçalves.
O advogado de Genilson disse que ainda não sabe onde seu cliente vai passar a noite, pois o delegado plantonista ainda vai concluir o inquérito para que seja encaminhado à Justiça e só então vai poder solicitar a exclusão de seu cliente do processo. Com isso, é possível que ele só seja liberado amanhã.
O corpo de Tamires foi encontrado no domingo (06), após ter desaparecido na tarde do último sábado (05) depois de buscas realizadas por familiares e vizinhos da menina, no conjunto Cidade Sorriso, loteamento Bela Vista, no bairro Benedito Bentes 2, periferia de Maceió.
Fonte: YNH. 08.04.2014.

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