quarta-feira, 15 de maio de 2013

ONU apela para acção coordenada internacional contra tráfico de pessoas


Nações Unidas - A ONU apelou na segunda-feira à comunidade internacional para pôr fim ao tráfico humano, um negócio que movimenta mais de 24 mil milhões de euros e no qual são vítimas mais de 2,4 milhões de pessoas por ano. 
 
"Não se podem poupar esforços para acabar com estas formas de escravatura que afectam milhões e para ajudar as vítimas a reconstruir as suas vidas", afirmou o presidente da Assembleia-Geral, Vuc Jeremic, durante um debate sobre tráfico de pessoas na ONU. 
 
   
O dirigente assinalou que, para acabar com o tráfico humano, é necessária uma acção coordenada de forças de segurança, agentes alfandegários, inspectores de trabalho, juízes, fiscais e diplomatas, bem como uma maior sensibilidade para com as vítimas. 
 
A Assembleia-Geral da ONU aprovou em 2010 um plano de acção global contra o tráfico de pessoas, projectado para que os países levassem a cabo acções concretas de prevenção, protecção de vítimas e perseguição de responsáveis.
 
   
O secretário-geral, Ban Ki-moon, apelou novamente aos países que sejam "generosos" e aumentem as suas contribuições para o fundo voluntário das Nações Unidas destinado a prestar protecção e ajuda a vítimas do tráfico humano. 
 
   
Ki-moon Ban destacou ainda a necessidade de ratificar tratados como o Protocolo para Prevenir, Reprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, especialmente mulheres e crianças, já assinado por 154 países, e a Convenção contra o Crime Organizado Transnacional, por 175. 
 
"O tráfico de seres humanos é um ciclo vicioso que une as vítimas com os criminosos. Devemos romper esse ciclo com a força da solidariedade humana", acrescentou o diplomata sul-coreano que insistiu na importância de ouvir as vítimas.  
 

Segundo dados da ONU, o tráfico de pessoas gera cerca de 24 mil milhões de euros por ano para os responsáveis das redes internacionais.  
  
    
Cerca de 58% dos casos de tráfico de pessoas destina-se a exploração sexual e 36% para exploração laboral. 


ANGOP.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog