quarta-feira, 29 de maio de 2013

Debatedoras defendem ações socioeducativas para autor de bullying

Participantes da audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que discute a proposta que institui o programa de combate ao bullying (PL 5369/09) defenderam que os autores da prática sejam alvo de ações socioeducativas por parte das escolas, e não de punições.
A assessora técnica do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Juliana Marques Petroceli, elogiou o projeto de lei justamente por estar focado mais na responsabilização e na mudança de comportamento do autor do bullying do que na sua punição. “Violência tem solução, podendo aumentar ou diminuir pela força da ação social”, disse. “Todos são autores e vítimas”, complementou.
Vice-presidente da ONG Cruzada do Menor, a psicóloga Maria Tereza Maldonado explicou que, muitas vezes, o autor do bullying pode já ter sido vítima, assim como a vítima pode virar autor de bullying. “Assim como a violência é aprendida, o respeito também é”, afirmou. Segundo ela, os autores muitas vezes têm capacidade de liderança, e essa liderança opressora pode virar uma liderança positiva, por meio de ações da escola. “A visão deve ser não de punição, mas de ações socioeducativas”, afirmou, concordando com a palestrante anterior. Conforme a psicóloga, deve ser trabalhada a qualidade das relações para gerar um ambiente de aprendizado.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir o PL 5369/09, do dep. Vieira da Cunha (PDT-RS), que institui o programa de combate ao Bullying. Representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Juliana Marques Petroceli
Juliana Petroceli: vítimas podem apresentar distúrbios de sono e depressão.
Já Juliana Petrocele afirmou que o comportamento agressivo na infância pode também gerar atos de violência na vida adulta.
Vítimas
Segundo Juliana, as principais vítimas de bullying são estudantes mais novos do sexo masculino. A vítima pode apresentar, entre outros problemas, transtorno de humor; distúrbios alimentares e de sono; e tendência para a depressão. Já Maria Tereza Maldonado enfatizou que o alvo de bullying muitas vezes precisa trabalhar sua energia agressiva, para deixar de ser vítima.

Continue acompanhando esta cobertura.


Reportagem – Lara Haje
Edição- Mariana Monteiro
29/05/2013 

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog