Um australiano de 52 anos de idade conseguiu sobreviver quatro dias no deserto comendo insetos até ser salvo por aborígenes.
Quando o ex-dedetizador se perdeu no Outback australiano – região árida e remota no centro do continente –, Theo Rosmulder achou que ia morrer. Até que se deparou com um cupinzeiro.
"Cupins não têm gosto tão ruim", disse Rosmulder a jornalistas na cidade de Laverton, situada em uma área de mineração no oeste da Austrália.
Na sexta-feira passada, ele saiu à procura de ouro com um grupo de amigos e se perdeu.
Rosmulder acabou se separando do grupo cerca de 130 quilômetros ao norte de Laverton e prosseguiu sozinho, munido apenas de um canivete, uma lanterna e um detector de metais - informou a polícia local.
Achando que jamais seria resgatado, ele disse que procurou "um buraco para se esconder e dizer adeus".
"Eu achei um buraco nas rochas onde os cangurus dormem, me enfiei ali, me cobri com uns arbustos e passei a noite."
Proteína
No dia seguinte, a descoberta dos cupins mudou o destino de Rosmulder. "Eu tirei a parte de cima do ninho e fui em frente", disse o australiano.
Quando foi encontrado, Rosmulder estava sofrendo de desidratação mas, surpreendentemente, estava em ótimas condições. Os insetos tinham sido uma boa fonte de umidade e proteína.
A polícia local iniciou uma grande operação de busca ao raiar do sol no sábado, com dezenas de homens rastreando por terra e ar um território de aproximadamente 200 quilômetros quadrados.
Mas foi um grupo de aborígenes locais que encontrou Rosmulder, ainda carregando seu detector de metais, na terça-feira pela manhã.
"Foi mágico, eu simplesmente desmaiei", disse Rosmulder, antes de acrescentar que pretende continuar procurando ouro.
BBC Brasil.
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