da Efe, em Viena
da Folha Online
As autoridades austríacas descobriram nesta sexta-feira que o acesso ao cativeiro subterrâneo onde Elisabeth Fritzl foi mantida pelo pai durante 24 anos tinha duas portas de aço, e não apenas uma, como se pensava. As informações foram divulgadas pelo chefe da polícia da Baixa Áustria, Franz Polzer, segundo a agência austríaca APA.
As duas portas tinham um mecanismo eletrônico para sua abertura e fechamento à distância, através de um código, segundo o agente. O chefe da equipe de investigadores acrescentou que as investigações no porão da casa em Amstetten onde Josef Fritzl, 73, manteve a filha trancada e teve sete filhos com ela continuavam hoje.
No entanto, disse que levariam mais tempo do que o previsto, diante do pouco ar que entra no lugar. "Estamos tentando ver se podemos fazer algo com a ventilação", disse Polzer, após dizer que os agentes precisam fazer pausas freqüentes, devido à falta de ar.
Além disso, os agentes trabalham com máscaras sobre a boca para impedir que vestígios de seu DNA fiquem no local.
Diante destas circunstâncias, e já que "os técnicos devem documentar minuciosamente cada detalhe", Polzer calcula que as investigações no porão durarão várias semanas.
Sobre as portas, as autoridades policiais pedirão a um especialista no assunto que as estude, provavelmente na próxima semana, acrescentou.
Fritzl foi detido no domingo passado (27) na cidade austríaca de Amstetten, acusado de ter mantido trancada em um porão durante 24 anos sua filha Elisabeth, que hoje tem 42 anos, e de tê-la estuprado sistematicamente, tendo com ela sete filhos. Destes, seis estão vivos. Um morreu poucos dias após nascer.
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