Ex-governador é acusado de formação de quadrilha; deputado é detido em flagrante por lavagem de dinheiro.
Depois de duas horas realizando buscas em um apartamento na Rua 5 de Julho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, três equipes da Polícia Federal chefiadas por um delegado do setor de Inteligência prenderam, nesta quinta-feira, 29, o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ). Ele é ex-chefe da Polícia Civil do governo Anthony Garotinho e de Rosinha Matheus Garotinho. Segundo nota divulgada pela PF, o ex-governador foi denunciado pelo crime de formação de quadrilha armada.
Por se tratar de parlamentar, Lins só pode ser preso em flagrante delito. Ele foi levado para a sede da Superintendência, no centro da cidade. A PF acredita que o deputado esteja envolvido em lavagem de dinheiro por morar em um imóvel adquirido com verba suspeita.
A acusação dos policiais é de que o apartamento foi obtido a partir de dinheiro ilícito recebido enquanto o deputado ocupava a chefia da Polícia Civil do Rio. De acordo com a PF, o deputado também é acusado de corrupção passiva e facilitação ao contrabando.
A polícia prendeu também o inspetor Mário Franklin, o "Marinho", ex-coordenador de campanha de Lins. A operação, batizada de Segurança Pública S/A, ainda deverá prender outros policiais civis. Segundo a PF, serão sete mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. A ação é um desdobramento da Operação Gladiador, feita em dezembro do ano passado para investigar a máfia dos bingos e máquinas caça-níqueis.
O delegado Ricardo Halack, que substituiu Lins na chefia da Polícia Civil quando ele saiu em 2007, para concorrer às eleições, também está na lista de suspeitos. A PF não informou se Garotinho será detido.
Estadão.
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