O governo do estado do Rio de Janeiro informou hoje (28), por meio de nota oficial, que "o enfrentamento a criminosos continuará, sempre de acordo com a política de direitos humanos". Segundo o documento, "essa é uma política que não muda". A nota foi divulgada depois que a Anistia Internacional divulgou, em Londres, seu relatório anual, criticando a forma como as operações policiais são realizadas nas comunidades carentes, principalmente no Rio de Janeiro.
De acordo com o relatório, que analisa a situação dos direitos humanos em 150 países, os moradores desses locais "continuaram encurralados entre as gangues de criminosos que dominam as áreas em que vivem e os métodos violentos e discriminatórios usados pela polícia".
O documento da Anistia Internacional destaca ainda que em 2007 foi registrado, segundo dados oficiais, o maior número de pessoas mortas pela polícia até agora - 1.260. Todas as mortes foram classificadas de "resistência seguida de morte", com pouca ou nenhuma investigação séria. Por causa dessas operações, a organização aponta que "muitos dos que
moram nessas comunidades vivenciaram intensas privações sociais e econômicas".
Ainda segundo a nota do governo estadual, "o confronto é indesejável, mas inevitável. Essa é uma batalha longa, dura, mas confiamos que, com nossa política de segurança pública, vamos vencê-la. Não há prazo nem mágica. É um trabalho sério, com inteligência e permanente".
O governo afirma, ainda, que "realiza e manterá uma política pública de investimento social nas comunidades carentes, que viviam sob o domínio absoluto da bandidagem". O objetivo, segundo o comunicado, é tornar o Poder Público referência para os moradores desses locais.
Agência Brasil
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