Governador determina que órgãos garantam benefícios aos casamentos celebrados em outros Estados.
NOVA YORK - O governador de Nova York, David Paterson, ordenou que sejam feitas as mudanças necessárias na lei estadual para que casamentos homossexuais realizados em outros lugares sejam reconhecidos no estado, informou nesta quinta-feira, 29 a imprensa local. Apesar de os homossexuais não poderem se casar em Nova York, as uniões civis feitas em outros lugares do mundo terão seus direitos reconhecidos no estado, inclusive os derivados de contratos de seguros e coberturas médicas.
O governador ordenou que as mudanças fossem empreendidas imediatamente depois que um tribunal de apelação de Nova York decidiu que os casamentos realizados fora do estado devem ser reconhecidos. A notícia foi divulgada um dia depois de a imprensa americana informar que os condados da Califórnia estão autorizados a expedir documentos para casamentos homossexuais a partir do dia 17 de junho. Segundo o The New York Times, a decisão envolve até 1.300 statutos e regulamentações em vigor, desde a declaração de impostos conjunta até a transferência de licença de pesca.
"Sabemos que nossa tarefa está incompleta e continuaremos tentando até que as pessoas que se gostam e querem se casar tenham essa oportunidade", afirmou Paterson em um vídeo enviado à Empire State Pride Agenda, defensora dos direitos dos homossexuais.
Neste mês, a Suprema Corte da Califórnia anulou a proibição dos casamentos homossexuais no Estado. A corte concluiu que as leis locais que restringiam o matrimônio a casais homossexuais contradiziam os direitos assegurados pela Constituição estadual. Até então, Massachusetts era o único Estado norte-americano que autorizava o casamento gay. Connecticut, New Hampshire, Nova Jersey e Vermont aceitam uniões civis, que garantem vários direitos aos cônjuges do mesmo sexo, mas sem um pleno reconhecimento jurídico em nível federal, como o casamento.
Afro-americano e cego, Paterson assumiu o governo estadual de Nova York há mais de dois meses e logo após sua posse reconheceu perante a imprensa que consumiu cocaína e maconha quando era jovem e que teve problemas conjugais no passado.
Estadão.
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