O dono de uma tecelagem em Americana, a 140 km de São Paulo, teve prisão temporária pedida pela polícia e é suspeito de ser o mandante do seqüestro de um ex-empregado. A vítima do seqüestro, o representante comercial Paulo Sérgio de Souza, de 39 anos, havia conseguido ganhar recentemente uma ação trabalhista contra a tecelagem, no valor de R$ 175 mil.
O seqüestro ocorreu na terça-feira na cidade de Franca, a 400 km da capital. Segundo informações da Delegacia de Investigações Gerais de Franca (DIG), o comerciante saía de sua casa no Residencial Vilage do Sol, para levar o filho à escola, quando foi surpreendido por quatro homens. A abordagem ocorreu às 7h.
Armados com uma pistola, um revólver calibre 38 e uma espingarda, os bandidos mandaram que ele retornasse à casa e mantiveram Souza, sua mulher, de 36 anos, e os filhos do casal, de 17, 13 e 9 anos, reféns por cerca de quatro horas. Eles disseram às vítimas que foram lá receber uma dívida de R$ 175 mil cobrada pelo antigo chefe do representante. Pouco antes das 11h, Lima levou Souza a um banco no centro da cidade para que ele sacasse o dinheiro.
Antes de saírem, o seqüestrador foi convencido pela vítima a não levar armas, pois poderia chamar a atenção da polícia. O refém assumiu o volante e, quando avistou uma viatura da PM no meio do caminho, jogou o carro contra ela. Um dos criminosos foi preso e a polícia foi à chácara prender o restante.
Detidos, os bandidos apontaram o empresário como mandante. Segundo eles, o seqüestro ocorreu por causa de uma dívida que o ex-funcionário tinha com o empresário.
Segundo o delegado Márcio Murari, do setor de Homicídios da DIG de Franca, o valor do processo trabalhista que Souza disse ter que receber é o mesmo que a quadrilha cobrava a mando do antigo chefe, que ainda não teve o nome revelado.
Foram presos Rafael Ferreira de Rosa, de 20 anos, Eduardo Alves de Lima, de 25, e um menor de idade de 17 anos, conhecido como Gaguinho, e Michel Rosselo, de 25 anos. Segundo a polícia, os bandidos foram de Sumaré e Hortolândia e chegaram durante a madrugada à Franca. Ficaram esperando até que a vítima saísse.
O Globo.
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