Policiais civis e federais dificilmente estão no local do crime no momento em que ele ocorre. Para solucioná-lo, portanto, eles precisam reconstituir os fatos. E, nesses casos, um dos artifícios mais valiosos para que o agente desvende o crime é o relato das testemunhas e dos envolvidos. Foi pensando nisso que a psicóloga Luciene Rezende elaborou um teste para a avaliação de futuros agentes. O processo de criação da ferramenta é explicado na dissertação de mestrado Teste de memória de relatos: Elaboração de um instrumento para seleção de policiais, defendida no Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) em setembro de 2006.
O instrumento inédito criado pela psicóloga ainda não é aplicado pela polícia, mas está à disposição do instituto de seleção interessado em comprá-lo. O teste de memória de relatos ainda não foi submetido à aprovação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e está em fase de finalização. No Brasil, existem apenas dois testes de memória validados pelo CFP: o Teste de Memória Visual (TMV), do Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida (LabPam) da UnB e o Teste de Memória de Placas para Motoristas (Templam), da Casa do Psicólogo. Nenhum dos dois, entretanto, avalia memória de relatos. Além disso, não existem no país instrumentos específicos para seleção de policiais.
Secom UnB
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