Michel Fourniret, o assassino francês que matou sete meninas e mulheres em um período de 14 anos, foi condenado à prisão perpétua nesta quarta-feira, na França.
Fourniret, que passou a ser conhecido como o "Ogro das Ardennes", em referência à região de bosques entre Bélgica e França onde atuava, havia admitido ter seqüestrado e matado suas vítimas entre 1987 e 2001.
O tribunal da cidade de Charleville Meziere também condenou a mulher de Fourniret, Monique Olivier, por cumplicidade nos crimes. Olivier ajudava o marido a atrair as vítimas.
O promotor descreveu Fourniret como um "monstro" e chamou sua mulher de uma "bruxa dissimulada".
As sete mulheres assassinadas tinham entre 12 e 22 anos. Elas morreram a tiros, estranguladas ou esfaqueadas. A maioria também foi estuprada.
Confiança
Fourniret, de 66 anos, costumava escolher a próxima vítima enquanto dirigia. Ele parava para perguntar por informações e convencia a jovem a entrar no carro.
A presença da mulher dele no veículo tinha o objetivo de passar confiança às vítimas.
Olivier, de 59 anos, terá de passar pelo menos 28 anos na cadeia, segundo o tribunal.
Apesar de ter admitido os crimes, Fourniret se recusou a cooperar durante o julgamento de dois meses.
Fourniret - que, no tribunal, descreveu a si mesmo como "um indivíduo extremamente perigoso" - disse que não vai apelar contra a sentença.
Ele também é suspeito de seqüestrar, estuprar e matar a assistente de ensino britânica Joanna Parrish, de 20 anos, enquanto ela trabalhava na cidade francesa de Auxerre, em 1990.
Fourniret também é investigado pelo seqüestro e assassinato de Marie-Angele Domece, uma deficiente francesa de 19 anos. Ele nega envolvimento nas mortes.
O condenado francês foi preso na Bélgica, em 2003, depois de tentar seqüestrar uma garota de 13 anos que conseguiu escapar.
BBC Brasil.
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