quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estados querem padronizar ações contra o tráfico de drogas

Departamentos da Polícia Civil especializados em repressão ao tráfico de drogas de seis estados diferentes (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo) e o representante do The Senlis Council (instituição inglesa que promove políticas públicas de combate ao tráfico em todo o mundo) estiveram reunidos, ontem à tarde em Curitiba, para discutir meios de cooperação entre os estados para combater o narcotráfico na esfera nacional. O encontro chamado de “Pacto do Paraná – padronização de procedimentos interestaduais” pretende estabelecer soluções efetivas e padronizadas no combate ao tráfico de drogas no Paraná e no país.

Segundo o diretor de políticas de segurança pública do The Senlis Council, Goerge Howell, a idéia é aproveitar o conhecimento brasileiro sobre o tráfico de drogas e promover idéias inovadoras de segurança pública. “Vamos trocar informações. Precisamos ter melhor comunicação e cooperação entre os estados vizinhos para combater o narcotráfico. Os serviços de inteligência dos estados devem funcionar de forma integrada”, diz. “Assim é possível criar estratégias policiais e políticas de combate ao tráfico de drogas no estado, Brasil e no mundo inteiro”, complementa.

Para o delegado Sérgio Inácio Sirino, coordenador estadual do Departamento da Polícia Civil e da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), cada departamento estadual de combate ao tráfico deve compartilhar as informações estratégicas para facilitar as ações conjuntas entre os estados. “A padronização dos mecanismos de investigação poderá melhorar o combate aos traficantes. Será possível encontrar os líderes do narcotráfico e desvendar outras séries de crimes promovidos pelo tráfico, como homicídios, seqüestros e lavagem de dinheiro”, afirma.

“As instituições policiais devem estabelecer contato profissional entre elas e não apenas pessoal, entre policiais ou delegados, como acontece atualmente. Todos as instituições devem ter acesso às informações das outras. E é isso que estamos instaurando”, lembra o coordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais do Rio de Janeiro (Core), delegado Rodrigo Teixeira de Oliveira.


Gazeta do Povo.

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