A austríaca Natascha Kampusch comparecerá nesta quinta-feira pela primeira vez a um tribunal para depor sobre os oito anos em que esteve seqüestrada e mantida em cativeiro.
Kampusch foi seqüestrada aos 10 anos de idade, em 1998, e permaneceu mais de oito anos em um pequeno porão, sem janelas, sob a garagem da casa de seu captor, Wolfgang Priklopil, no subúrbio de Viena.
Ela conseguiu escapar em agosto de 2006. O caso teve grande repercussão internacional.
A audiência desta quinta-feira faz parte do processo movido por Martin Wabl - um juiz aposentado que acompanhou as investigações do caso - contra Brigitta Sirny, a mãe da Natascha.
Calúnia e difamação
Wabl acredita que Sirny esteve envolvida no seqüestro da filha e entregou ao juiz responsável pelo processo, Jürgen Schweiger, uma lista de nomes cujos depoimentos dariam sustentação à sua acusação.
Nesta quinta, no fórum civil da cidade de Graz, são esperados os depoimentos de Natascha Kampusch, de seu pai Ludwig Koch, do criminalista Ernst Geiger e do psiquiatra infantil Max Friedrich, além de vizinhos de Sirny e de ex-sócios do seqüestrador Wolfgang Priklopil.
O objetivo de Wabl é provar que havia uma ligação entre a mãe e o seqüestrador de Natascha Kampusch anterior à ocorrência do crime.
Brigitta Sirny se diz inocente e iniciou, de sua parte, um processo contra Martin Wabl por calúnia e difamação.
O depoimento de Natascha Kampusch despertou um enorme interesse da imprensa internacional, que também acompanha atentamente ao caso de Josef Fritzl, o austríaco que manteve a filha presa no seu porão por 24 anos.
Cerca de 40 veículos de mídia foram credenciados para acompanhar os depoimentos desta quinta-feira no fórum de Graz.
O processo teve até de ser transferido para esta cidade já que o fórum inicial, na cidade de Gleisdorf, não suportaria a quantidade de pessoas interessadas em acompanhar as audiências.
Os depoimentos devem durar até o início da noite.
BBC Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário