domingo, 4 de maio de 2008

Sem punição

A perda do marido e pai de três filhos, Leandro Lenhart, aos 47 anos, é uma ferida aberta para Ivete, 46 anos. Um ano depois do crime que tirou a vida do motorista de táxi, ocorrido em Erechim, o inquérito continua aberto, e ninguém foi responsabilizado pela morte.

Lenhart não gostava de trabalhar à noite. Motorista experiente, preferia ficar em casa com a mulher e os filhos e, no final da tarde, entregava o seu táxi para um funcionário, que fazia o turno mais perigoso. Depois de 18 anos de trabalho, foi em 26 de abril que ele pegou os passageiros que o levariam à morte. Depois de horas de busca da família e da polícia, seu corpo foi encontrado na manhã seguinte às margens de uma rodovia, com marcas de golpes de faca.

A polícia logo passou a buscar suspeitos do crime, e os exames periciais deveriam confirmar a hipótese levantada pelos investigadores. Entretanto, um ano depois, os resultados foram infrutíferos na tarefa de apontar o assassino.

- Chegamos a um beco sem saída. Todas as buscas, perícias e quebra de sigilo telefônico foram negativos - afirma o delegado Vanderli Antunes Leandro.

Sem desistir, o delegado disse que o inquérito será enviado à Justiça sem a autoria definitiva e com uma representação para que possam continuar buscando pistas que solucionem o caso.

A data da morte de Lenhart, a mesma do aniversário de uma das filhas, agora é um marco amargo para a família, que não consegue justificativa para a forma como o taxista foi morto. Ivete e os três filhos empreenderam investigações próprias e chegaram a identificar suspeitos a partir de um boné, de fotografias 3x4 esquecidas no táxi do marido e de informações prestadas por outros motoristas. Com suspeitas, mas sem provas, a família ficou de mãos atadas.


Zero Hora.

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