segunda-feira, 12 de maio de 2008

Polícia apresenta suspeito de incendiar moradores de rua no Rio





A Polícia Civil do Rio apresentou na tarde deste domingo o suspeito de queimar dois moradores de rua nesta madrugada sob o viaduto dos Marinheiros, na praça da Bandeira, zona norte do Rio.

Segundo a Polícia Civil, o também morador de rua Paulo Roberto de Oliveira Ribeiro, o "Dupira", de 19 anos, foi encontrado com uma bolsa cheia de espuma inflamável e fósforos.

A polícia informou que testemunhas declararam ter visto o suspeito ameaçar o grupo de moradores de rua diversas vezes. Nesta madrugada, após uma briga, ele teria ateado fogo no abrigo.

O local era habitado por cerca de oito pessoas, mas apenas duas não conseguiram fugir: Flávia de Souza Oliveira, de 16 anos, que morreu na hora, e Wellington Alves, 17, que foi socorrido a tempo e encaminhado para o Hospital Souza Aguiar.

Segundo os médicos, ele teve grande parte do corpo tomada por queimaduras profundas e está em estado grave.

De acordo com o portal de notícias G1, o marido da jovem morta confirmou que ela estava grávida de um mês. A polícia, no entanto, não pode assegurar a informação devido à carbonização do corpo da vítima.

Outros casos

Na última quinta-feira (8) foram divulgadas pela Polícia Civil imagens de um morador de rua sendo espancado por três jovens não identificados na calçada da rua Debret (centro), em frente à lateral do prédio da Procuradoria no Rio.

As imagens, do circuito de câmeras do Ministério Público Federal, mostram os garotos agredindo o morador com um pedaço de pau. A vítima dormia na hora e não pôde se defender.

Já em Vitória (ES), três moradores de rua foram mortos a tiros. Segundo a Polícia Civil, eles foram atacados enquanto dormiam sob a marquise de um prédio comercial no bairro Horto.

Para a prefeitura da capital capixaba e para a Polícia Civil, os crimes podem ter sido um ato de 'limpeza social' praticado por pessoas insatisfeitas com a presença das vítimas.

Foram mortos os mendigos Ercílio Novaes, 64, e João Alves Filho, 48, ex-técnico de enfermagem, e um catador de recicláveis identificado apenas como Adilson. Alves Filho chegou a acordar durante o ataque, mas foi atingido por quatro tiros e morreu no local. Ao todo, seis moradores de rua dormiam no local no momento do crime --um casal e outro homem conseguiram fugir. Ao menos uma testemunha teria presenciado o crime.


Folha de São Paulo.

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