terça-feira, 27 de maio de 2008

México enfrenta onda crescente de violência dos cartéis da droga e preocupa os EUA

O aumento do narcotráfico transformou o México num país em guerra. De um lado, o fortalecimento dos grandes cartéis da droga aumentou em 47% os índices de assassinato no país nos últimos dois anos, e nem mesmo autoridades de segurança têm escapado dos ataques.

No início do mês, o chefe do setor de combate ao narcotráfico da Polícia Federal mexicana, Edgar Millán, foi morto a tiros na porta de casa. Mais de 300 policiais foram mortos desde 2006 e pelo menos 1.300 pessoas morreram na guerra do tráfico somente este ano. Do outro lado, o governo trava uma luta, ainda sem sucesso, para conter os criminosos. O presidente Felipe Calderón, desde dezembro de 2006, já deslocou cerca de 25 mil agentes federais para o combate às drogas e procura em Washington, interessado direto no tema, ajuda para reverter o quadro de violência.

Um caso que reflete fielmente a situação de insegurança pela qual passa o país ocorreu no fim de semana passado. A disseminação pela internet de um e-mail afirmando que ocorreria um banho de sangue promovido por traficantes em Ciudad Juárez - cidade mexicana na fronteira com o estado americano do Texas - fez com que toda a região ficasse deserta sábado e domingo. Apesar de o e-mail ter remetente desconhecido, suas afirmações faziam sentido. Pelo menos seis pessoas morreram em ataques no sábado e dezenas de lojas e carros foram queimados por traficantes. Ciudad Juárez é uma das mais violentas cidades do México e, somente em 2008, mais de 200 pessoas morreram na região vítimas dos cartéis.


O Globo.

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