terça-feira, 6 de maio de 2008

Juristas e cientistas católicos lançam manifesto contra células-tronco

Juristas e cientistas católicos, entre eles doutoras em biologia formadas por instituições prestigiadas como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgaram nesta segunda-feira manifesto contrário às pesquisas com células-tronco embrionárias. O assunto está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), onde dois dos onze ministros já votaram favoravelmente à utilização das células embrionárias.

O grupo criticou o voto do ministro-relator Carlos Ayres Britto, que rejeitou a ação direta de inconstitucionalidade que busca derrubar artigo da Lei de Biossegurança, aprovada no Congresso em 2005 e que permite pesquisas com células-tronco. O julgamento foi suspenso em março, após pedido de vistas do ministro Carlos Alberto Direito, católico militante.

O manifesto tem 16 assinaturas e argumenta que a vida humana começa na concepção, de modo que seria crime permitir que embriões formados em clínicas de reprodução assistida sejam destruídos para a realização de experimentos em busca de cura para doenças degenerativas, como o Mal de Alzheimer. Mais do que isso, o manifesto sustenta que as pesquisas com células-tronco embrionárias não produziram nenhum resultado concreto, diferentemente das pesquisas com células-tronco adultas, que não exigem a destruição de embriões.

A doutora em microbiologia pela Unifesp Lenise Aparecida Garcia criticou os deficientes físicos que pedem a rejeição da ação de inconstitucionalidade para que as pesquisas continuem:

- Eles estão se manifestando por uma causa que não é a deles. Eles tinham que estar na frente de hospital pedindo pesquisa com células-tronco adultas.


O Globo.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog