sábado, 10 de maio de 2008

Jovens latinos preferem usar internet a assistir televisão

Levantamento é feito com 22 mil estudantes de sete países

Embora a maioria dos jovens latino-americanos não tenha acesso à internet em casa, a rede é mais desejada do que a prática de assistir televisão. Essa preferência surgiu de pesquisa feita pela Universidade de Navarra e pelo programa Educared da Fundação Telefónica, da qual participaram sete países.

A Telefónica divulgou ontem os primeiros dados da enquete com 22 mil estudantes de cerca de 200 centros educativos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela, realizado entre julho e outubro de 2007. Trata-se do primeiro estudo que integra as diferentes tecnologias disponíveis para crianças e jovens, e constitui o maior do tipo realizado na América Latina.

Cerca de 42% dos jovens de 11 anos indagados prefere a internet à TV e a percentagem sobe para 60% entre adolescentes de 14 e 15 anos. A Telefónica está desenvolvendo a segunda fase de pesquisas, esperando que no final do terceiro trimestre seus resultados sejam publicados.

Em março, o número de internautas residenciais ativos cresceu 3,2% no Brasil, atingindo 22,7 milhões de usuários, 40% mais do que em março de 2007. O país é o que tem o maior tempo médio mensal de navegação residencial entre os 10 países monitorados pela Nielsen/NetRatings, com 23h51min.

Esses dois números (sobre usuários residenciais ativos e tempo médio de uso residencial da internet) são os maiores já registrados pelo Ibope/NetRatings desde 2000, início das medições no país. Os outros cinco países com maior tempo médio mensal por pessoa no domicílio são a França, os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha.

- O ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso - diz Alexandre Magalhães, gerente de análise do Ibope/NetRatings. - A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no número de usuários residenciais.

Segundo Magalhães, isso é conseqüência do bom momento econômico do país, com maior número de trabalhadores com carteira assinada, crédito abundante, PCs com preço em queda e banda larga com valores mais acessíveis.

O gerente chama a atenção para dois outros fatores ligados à típica família da classe C: os pais acreditam que a internet dará uma vida melhor para seus filhos. Por isso, não poupam esforços para obter o acesso residencial. E os filhos querem ser iguais a seus pares, ou seja, poder chegar na escola ou na rua e dizer que têm internet nas suas residências.



Zero Hora.

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