Um pedreiro que identificou no IML (Instituto Médico Legal) de Sorocaba (100 km de SP) um corpo como sendo de seu filho teve de "devolver" o cadáver ao local após descobrir, durante o velório, que havia cometido um engano. O corpo era velado na cidade vizinha de Votorantim (105 km de SP) e seria enterrado em seguida.
A confusão ocorreu porque, um dia antes, o pedreiro Pedro Francisco Ribeiro havia reconhecido, juntamente com a madrasta do jovem, a vítima de um afogamento em Sorocaba como sendo seu filho de 24 anos, que morava com a mãe em Tatuí (137 km de SP) havia alguns meses.
Segundo o IML, o pedreiro assinou o boletim de ocorrência na delegacia e, em seguida, providenciou o enterro.
Entretanto, de acordo com uma funcionária da funerária, que pediu para não ser identificada, o pedreiro só percebeu o engano durante o velório, na madrugada de ontem. Ela não soube explicar por que o pedreiro se enganou.
Vizinhos viram o corpo chegar e notaram que o jovem que estava prestes a ser enterrado não era o filho do pedreiro Pedro Ribeiro.
"O filho é loiro, e o morto, moreno", disse a funcionária.
Alertado pelos vizinhos, o pedreiro soube que o filho estava vivo somente após a mãe do rapaz ser contatada. O filho do pedreiro estava em casa com a mãe, assistindo à TV. A polícia não soube informar por que a família achou que o rapaz estava morto.
Horas depois, o pedreiro teve de providenciar a "devolução" do corpo à funerária.
Funcionários do IML e da funerária de Votorantim não souberam dizer em que estado estava o pedreiro na hora da identificação do corpo. Eles relataram apenas se tratar de uma "pessoa muito simples".
Segundo a empregada da funerária, o pedreiro fez a identificação do corpo de modo muito rápido. Até o início da noite de ontem, o corpo do rapaz, já de volta a Sorocaba, ainda não havia sido identificado.
Folha de São Paulo.
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