Quando a aspereza da vida nos sufoca, já não se trata de ver, mas de fazer, pois a realidade se inventa e se produz. A originalidade do livro de Elza Ibrahim, que teve início na universidade, é o processo em que esta pesquisa foi sendo construída, buscando nesta fecunda articulação teórico-prática, atenuar o sofrimento psicossocial dos pacientes internados no Manicômio Judiciário.
Ao passar a palavra aos ¿desconhecidos¿, que facilmente podemos nomear como socialmente invisíveis, Elza devolve a todos um olhar que possibilita ao outro o reconhecimento de ser sujeito. Caminhando na tênue fronteira que divide o trabalho acadêmico (de pesquisa) e o da militância (da ação) Elza consegue um equilíbrio não apenas desejável como exemplar, para todos aqueles que acreditam no compromisso ético/social que a pesquisa deve ter.
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