terça-feira, 13 de maio de 2014

Congresso pode transformar o tráfico de pessoas em crime hediondo

Projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
A exploração sexual é um dos principais motivos para o crime.


O Congresso pode transformar o tráfico de pessoas em crime hediondo. O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e agora deve ser votada em plenário. A exploração sexual é um dos principais motivos para o crime.
A exploração sexual é um dos principais motivos para o tráfico de pessoas. Mulheres, travestis e adolescentes são os alvos preferenciais. A proposta da Câmara transforma o tipo de tráfico em crime hediondo. Com isso o condenado não vai ter direito à fiança, anistia, ou liberdade provisória e vai ter que cumprir mais tempo da pena para conseguir algum benefício.
As quadrilhas providenciam passaporte, passagens e criam um ambiente de facilidades. Tudo parece tão simples que a vítima não pensa que pode estar caindo numa armadilha. Só no Brasil existem 200 rotas de tráfico de pessoas, segundo o escritório das Nações Unidas sobre drogas e crimes.
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara, que investiga esses crimes, registrou casos de brasileiros que foram levados para a Guiana Francesa, Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Angola e Índia. O Brasil também aparece como destino do tráfico de pessoas vindas de Bangladesh, na Ásia.
O tráfico também ocorre dentro do Brasil. As táticas dos aliciadores são as mesmas: uma espécie de lavagem cerebral para que a pessoa acredite que vai melhorar de vida, fazer sucesso, como jogador de futebol, modelo ou artista.
Para o governo é preciso denunciar e, antes de tudo, ter cuidado com o que parece a salvação pra vida de uma pessoa.
“Desconfiem de promessas milagrosas. Não viaje se não tiver a certeza de que estão indo para um trabalho seguro”, fala  Lucicléia Rollemberg, coordenadora de enfrentamento ao tráfico de pessoas da Secretaria Nacional de Justiça.
A filha de João José Felipe caiu num desses golpes. Simone tinha 25 anos, morava em Goiânia. A família passava por dificuldades quando ela recebeu um convite para trabalhar num bar na Espanha. Ela foi obrigada a se prostituir e acabou morrendo de overdose.
“Na hora que eu vou contar a história a gente sente muita revolta. A desumanidade que um ser humano é capaz de fazer com o outro”, fala o pai de Simone, João José Felipe.
G1. 12.05.2014.

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