RIO - Um carro do 9º BPM (Rocha Miranda) consumiu, em três meses do ano passado, em cada saída, o semelhante à Ferrari do piloto brasileiro Felipe Massa em uma corrida. O fato, considerado absurdo, levou a corregedoria da PM a investigar 13 policiais militares suspeitos de desviar combustível dentro do próprio quartel. Na investigação, o órgão descobriu que o grupo, para não despertar a atenção, mantinha sempre o tanque cheio, misturando água à gasolina.
Durante as apurações, feitas através de um inquérito policial militar (IPM) aberto no 9º BPM, constatou-se que o carro adulterado consumiu nos meses de março e abril o equivalente a 0,7346 quilômetro por litro de gasolina. Em maio, aconteceu o pior. O laudo atestou que foram consumidos 0,528 quilômetro por litro.
Fora dos padrões
Os números poderiam perfeitamente caber à Ferrari de Massa, durante uma prova do Mundial de Fórmula 1. Mas foram considerados pelo IPM como absurdos e elevados para os padrões da frota da polícia, o que levou à abertura do processo.
Os 13 policiais - quatro sargentos, três cabos e seis soldados - foram submetidos ao Conselho de Disciplina. Eles tiveram ainda suspensos seus portes de arma e suas carteiras funcionais.
Os acusados foram enquadrados no Artigo 265 (desaparecer, consumir ou extraviar combustível, armamento, munição e peças de equipamentos de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizados) do Código Penal Militar. Eles poderão pegar uma pena de até três anos.
As suspeitas sobre o carro número 50-0027 do batalhão começaram a ser levantadas no dia 21 de maio do ano passado. Neste dia, ela ficou fora de operação por apresentar problemas no bico injetor de combustível.
O chefe de seção de manutenção retirou um pouco do combustível do veículo e percebeu que nele havia duas substâncias que não se misturavam. O Centro de Criminalística da corregedoria interna da PM fez um laudo e constatou a presença de água na gasolina.
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