Rafael Ilha é acusado de tentar levar à força uma mulher para sua clínica de reabilitação; mais dois são presos
O ex-integrante do grupo Polegar, Rafael Ilha Alves Pereira, de 35 anos, foi preso em flagrante na noite de terça-feira, 1, por tentativa de seqüestro na região central de São Paulo.
Rafael é acusado de tentar levar, à força, uma mulher para a clínica de reabilitação de dependentes químicos que mantém em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Além do ex-polegar, foram presos Neusa Camargo Antunes, de 43 anos, e Cristiano da Silva Andrade, de 25, funcionários da clínica. Eles foram detidos na Rua Maestro Cardim, na Bela Vista. Ilha e os dois funcionários estavam em um Toyota Hilux onde esperavam pela chegada da dona de casa Karina de Souza Costa, de 28 anos.
Em depoimento ao delegado Diogo Dias Zamut Júnior, no 05º Distrito Policial, da Aclimação, Ilha disse que o ex-marido de Karina havia solicitado a internação dela para um tratamento de desintoxicação. Pedro José de Santana Vaz, de 36 anos, que está em Macapá (AP) e já foi paciente da clínica de Ilha, teria ligado para a ex-mulher e pedido que ela fosse até o prédio onde ele mora, para pegar o dinheiro das mensalidades escolares dos dois filhos do casal. Ao chegar, a dona de casa foi atacada pelo ex-polegar e seus funcionários, que tentaram sedá-la com auxílio de uma seringa e algodão embebido em éter.
A vítima gritou por socorro, fazendo com que testemunhas acionassem policiais militares, que detiveram os três e os encaminharam à delegacia. Rafael Ilha, os dois funcionários e o ex-marido da vítima foram autuados em flagrante por tentativa de seqüestro e formação de quadrilha. Ilha também responderá judicialmente por usurpação de função pública. De acordo com as testemunhas, o ex-polegar afirmou ser policial civil e apresentou uma camiseta do Denarc - Departamento de Investigações sobre Narcóticos - na qual estava o nome dele bordado. Pedro José de Santana Vaz passa a ser considerado procurado pela Polícia.
História
Rafael ganhou destaque ao liderar o grupo Polegar entre o final da década de 80 e início da década de 90. No início da fase adulta, depois de se desligar do grupo, Rafael começou a ocupar espaço na mídia com notícias relacionadas a uso de drogas. Foi preso duas vezes. A partir de 2000, teria abandonado o vício após ser internado em uma clínica para dependentes químicos. Atualmente é dono de uma clinica de reabilitação em Itapecerica da Serra.
Estadão.
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