O laudo de exame cadavérico do estudante Daniel Duque Pittman revela que o tiro que atingiu o jovem foi disparado a "curta distância", na altura da axila.
Segundo o médico-legista Talvane de Moraes, ex-diretor do Departamento de Polícia Técnica do Rio, o tiro foi dado à queima-roupa.
- O tiro foi à queima-roupa, sem chance de defesa. O fato de haver vestígios de pólvora, formando uma 'tatuagem' abaixo da axila, comprova que o disparo foi feito de uma curta distância. Como o projétil era recoberto de metal, isso indica também que a arma utilizada foi uma pistola - explicou Talvane.
O PM Marcos Parreira do Carmo, que admitiu ter atirado no estudante, entregou à polícia uma pistola que está sendo periciada por especialistas do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
O exame informa ainda que o corpo de Daniel tinha duas feridas: uma provocada pelo tiro e outra feita pelos médicos do Hospital Copa D'Or, onde ele foi atendido, como procedimento para uma drenagem do tórax.
Nesta terça-feira, a promotora Márcia Velasco, mãe de Pedro Velasco, que estava acompanhado do policial militar Marcos Parreira do Carmo, acusado de assassinar o estudante Daniel Duque, em frente a uma boate da Zona Sul , escreveu uma carta aos veículos de comunicação solidarizando-se com a mãe de Daniel e clamando, acima de tudo, por justiça. A promotora Márcia Velasco está sob proteção policial há sete anos em razão de ameaças do traficante Fernandinho Beira-Mar. Seu filho, Pedro, prestou depoimento na noite de segunda-feira e confirmou, segundo o site G1 , o depoimento do policial ( confira a síntese do relato do PM). Pedro disse na delegacia que viu o PM sendo cercado e quase dominado pelo grupo que estava com a vítima. Ele afirmou ainda que o grupo fez ameaças aos seus amigos.
O Globo.
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