Letalidade contra policiais neste ano: 1 morto a cada 5 dias; em 2013, morria 1 a cada 4 dias
A letalidade dos policiais militares do Estado de São Paulo contra a população civil cresceu em 2014. Enquanto a média de mortos por PMs era de três a cada dois dias em 2013, neste ano, são cinco, também em dois dias. A análise da letalidade compreende o período de janeiro a julho de cada um dos anos e considera mortes cometidas por PMs no trabalho e fora dele.
Na contramão do aumento das mortes causadas por PMs, a letalidade contra os militares de São Paulo baixou em 2014, com a média de um policial assassinado a cada cinco dias no Estado de São Paulo. No ano passado, também entre janeiro e julho, criminosos matavam um PM a cada quatro dias.
Ao analisar as mortes cometidas pelos PMs de São Paulo a cada grupo de 100 mil habitantes, conceito internacional para comparações sobre a violência, constata-se: a PM paulista mata 9,5 vezes mais do que todas as polícias dos Estados Unidos juntas, considerando apenas mortes contra civis durante o trabalho oficial.
De 2008 a 2012, o índice por demografia revela que enquanto os Estados Unidos contabilizaram 0,63 morte para cada grupo de 100 mil habitantes, São Paulo teve índice de 5,87. Nos Estados Unidos, com 313 milhões de habitantes, foram 2.003 mortos por policiais nos “homicídios justificados”, mesmo tipo de registro para o que chamamos no Brasil de “morte em decorrência policial”. Em São Paulo, com população de 41 milhões de pessoas, foram 2.426 mortos por PMs, também no período.
O índice de civis mortos por PMs em São Paulo está próximo do México, marcado por uma guerra contra os cartéis do narcotráfico. Em 2011, o país da América Central teve taxa de 1,37 mortes por 100 mil habitantes, ante 1,13 no Estado mais rico do Brasil, São Paulo.
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