quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Conselho da PM quer expulsão de policial envolvido no caso João Roberto

Corregedoria vai analisar pedido e encaminhar decisão para comandante.
Policial foi absolvido do crime de homicídio culposo.

O conselho disciplinar da Polícia Militar recomendou que o cabo William de Paula, um dos envolvidos na morte do menino João Roberto, de 3 anos, absolvido do crime, seja expulso da corporação. O carro onde a criança estava com a mãe e o irmão foi atingido por 17 disparos, em julho, na Tijuca, Zona Norte do Rio, durante uma perseguição policial.



A decisão do conselho ainda será analisada pela Corregedoria da PM, que deve elaborar um relatório em 30 dias. Só depois é que o comandante-geral da PM, Gilson Pitta, vai decidir se o cabo permanecerá ou não na corporação.



No dia 10 de dezembro, William de Paula foi inocentado da acusação de homicídio culposo e condenado por lesão corporal. Em depoimento, disse que o caso foi uma fatalidade e que foi levado ao erro.

Versão do PM

O policial contou que no dia 6 de julho estava na área do Grajaú e Morro dos Macacos, na Zona Norte, quando ouviu um chamado pelo rádio, pedindo reforço nas proximidades da Rua José Higino. Ao chegar, junto com o soldado Elias, que dirigia o carro, ele viu um carro Fiat Stilo preto ultrapassando um sinal de trânsito na Rua Uruguai, e decidiram segui-lo.



De acordo com o PM, os suspeitos atiraram contra o carro da polícia e eles revidaram, dando início ao tiroteio. A perseguição seguiu pela Rua General Espírito Santo Cardoso onde, segundo o cabo, o fuzil falhou. Por isso, eles diminuíram a velocidade.


Ao trocar o carregador da arma, ele viu um carro parado. Willian disse que saiu do carro e efetuou um disparo de advertência, que atingiu um carro parado na rua. Segundo ele, um segundo disparo foi feito na direção do pneu.

O cabo admitiu que durante a troca de tiros é possível que o carro da Alessandra Soares (mãe de João Roberto) tenha sido atingido. Mas ressalta que só efetuou dois disparos, porque achou que fosse o veículo dos suspeitos.

Versão da mãe

A mãe do menino João Roberto, Alessandra Soares, prestou depoimento durante uma hora. Ela negou que tenha ocorrido perseguição.



Grávida, ela contou que apenas escutou disparos quando se abaixou dentro do carro depois de ter dado passagem à viatura da polícia, na ocasião do crime. Após a cena, ela percebeu que era o alvo dos agentes.


Alessandra contou também no depoimento que o marido, o taxista Paulo Roberto Barbosa Soares, não consegue mais trabalhar direito desde o episódio.

Abordagem não foi correta

O segundo depoimento foi o do tenente-coronel Rogério Leitão, Relações Públicas da Polícia Militar. O PM disse que pelo manual da Corporação a abordagem dos policiais ao carro suspeito não foi correta. Os PMs não deveriam ter efetuado disparos de arma de fogo em um alvo desconhecido, já que não havia identificação de quem estava no veiculo.


Antes do depoimento foi exibido um vídeo da câmara de segurança de um prédio da rua, que mostra os PMs atirando no carro de Alessandra.

G1.


PELO MENOS FAÇAM ISSO, É O MÍNIMO QUE PODERIA SER FEITO!!!!

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