A partir desta segunda, cigarro aceso só do portão do hospital para fora.
Estimativa é que 20% dos funcionários sejam dependentes da nicotina.
Do G1, com informações do SPTV
Ao invés de álcool, um bafômetro que mede a concentração de monóxido de carbono no organismo. É uma das armas do Hospital das Clínicas para convencer os funcionários fumantes a desistir de acender um cigarro. O maior hospital da América Latina é agora território livre do fumo. Desde a manhã desta segunda-feira (3) está proibido acender cigarro em qualquer ponto do edifício.
Quatro vezes por dia, Rita Peres faz uma pausa no trabalho para fumar. Agora, ela terá que caminhar mais. A partir desta segunda-feira (3), cigarro aceso só do portão do hospital para fora. Nem nos jardins, que antes eram pontos de encontro dos fumantes, é permitido fumar. A estimativa é que 1.100 funcionários, quase 20% do total, sejam dependentes da nicotina.
As bitucas de cigarro espalhadas pelo chão agora são contadas quando recolhidas pelos faxineiros. A idéia é saber se a quantidade está diminuindo e se a nova regra está fazendo efeito. De olho nos fumantes também estão os seguranças do hospital, que os denunciarão aos superiores. Quem for flagrado com o cigarro aceso recebe advertência, e pode até ser suspenso.
Pacientes e acompanhantes também serão vigiados a partir de agora. Quem está internado responde a um questionário. As respostas valem pontos, em uma escala de zero a dez, que mede a intensidade do vício. O encarregado de tinturaria José Paulo dos Santos, fumante há 42 anos, atingiu o grau mais alto de dependência.
Ter pacientes e funcionários com pulmões mais limpos também é a meta do Instituto do Coração, livre do tabaco há 12 anos. O fumo passivo, ou seja, aquele em que a pessoa não está fumando e sim inalando a fumaça do cigarro de outras pessoas, pode provocar três doenças muito graves: câncer de pulmão, acidentes vasculares e infarto.
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