Os eleitores dos Estados americanos da Califórnia, da Flórida e de Arizona aprovaram em referendo uma emenda à Constituição estadual que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Os três Estados fazem parte de um grupo que, juntamente com a votação para presidente e para o Congresso, incluíram na eleição de terça-feira propostas sobre diversos assuntos, incluindo mudanças na legislação sobre aborto, drogas e educação.
Na Califórnia, com 95% dos votos apurados, cerca de 5,1 milhões de eleitores (52% do total) decidiram aprovar a inclusão na Constituição estadual da seguinte frase: "Apenas o casamento entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia".
Na Flórida, a mudança foi aprovada por 62% dos eleitores e no Arizona, por 56%.
Ao todo, 27 Estados americanos já haviam proibido antes desta terça-feira o casamento gay, que foi legalizado na Califórnia pela Suprema Corte estadual em junho.
Por causa da decisão do tribunal, milhares de homossexuais viajaram para o Estado para se casar nos últimos meses.
Outras propostas
No total, 153 propostas de mudança das legislações estaduais foram colocadas em votação na terça-feira.
Nos Estados do Colorado e de Dakota do Sul, propostas que restringiam o aborto foram rejeitadas.
Michigan decidiu passar a permitir o uso medicinal da maconha.
Em Nebraska, os eleitores decidiram acabar nas esferas municipais e estadual com programas de ação afirmativa – o tratamento preferencial de pessoas com base em sua raça, cor ou origem.
No Oregon, foi rejeitada uma proposta de limitar a não mais do que dois anos o ensino em qualquer língua que não seja o inglês. Se aprovada, a mudança atingiria duramente escolas voltadas para imigrantes, em que o ensino é na língua mãe dos alunos.
Washington, também na costa oeste, aprovou o suicídio acompanhado para pessoas com doenças terminais.
Economia
Propostas para mudanças nos impostos foram derrotadas em Massachusetts e em Dakota do Norte.
Na área de energia, os eleitores californianos rejeitaram o plano de exigir que as empresas de serviços públicos, como as de eletricidade e gás, utilizem fontes renováveis em metade de sua produção até 2025.
No Missouri, por outro lado, foi aprovada a proposta de que empresas de eletricidade passem a gerar 15% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2021.
O mesmo Estado também rejeitou a imposição de um limite de US$ 500 no prejuízo dos fãs de jogos de azar – uma medida com o objetivo de proteger jogadores compulsivos que vão a cassinos em barcos.
BBC Brasil.
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