O corpo de um comerciante desaparecido desde o dia 24 de maio foi encontrado na tarde desta quinta-feira enterrado na garagem de sua própria casa em construção, na rua Senador Felinto Muller, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). Um dos acusados pelo crime, Mackson Allan, 25, detido na Bahia, indicou onde estava o corpo.
Segundo a polícia, Mohamed Ahmad Kadura, 43, foi assassinado por quatro homens que trabalharam como pedreiros nas obras de sua casa. Dois deles também foram detidos nesta quinta na cidade onde ocorreu o crime: Danilo dos Santos Gomes, 21, e um adolescente de 17 anos. Outro acusado de participar do crime, Charles Santos Rocha, 37, está foragido.
O corpo do comerciante apresentava ferimentos na cabeça, na barriga e no peito, de acordo com o delegado-seccional de Taboão da Serra, Erasmo Pedroso Filho. 'Eles disseram que mataram a vítima com golpe de pá na cabeça e duas facadas, uma no barriga e outra no peito. Depois, enterraram e jogaram concreto sobre o corpo', disse.
Segundo o delegado, o objetivo dos acusados era extorquir a família de Kadura, simulando um seqüestro. No dia seguinte ao desaparecimento da vítima, o carro dele foi encontrado abandonado no bairro de Pinheiros (zona oeste de São Paulo). Seus familiares receberam telefonemas perguntando se já haviam conseguido o dinheiro, mas sem estipular qualquer valor.
Os policiais desconfiaram quando descobriram que, logo depois do crime, dois dos pedreiros tinham ido para a Bahia. Ao ser encontrado, Allan confessou o crime, indicou o local onde estava o corpo e contou como foi a participação de seus comparsas.
Rocha, que é pai do menor que participou no crime, foi apontado pelos comparsas como o mentor do assassinato. Os golpes que mataram o comerciante também teriam sido desferidos por ele, segundo a polícia.
Folha de São Paulo.
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