sábado, 28 de junho de 2008

Fome continua como um dos principais problemas do país

A infância, adolescência e juventude de Iximuleu convocam seus pares da comunidade a se organizar para demonstrar o poder que têm de tirar o povo da miséria, que lhes impôs o poder econômico. Eles denunciam que a fome e a miséria estão se multiplicando nas comunidades pela inflação e pelo alto custo de vida.

Nesse sentido, pedem que se faça efetivo o decreto 40-74, e que os parlamentares cumpram suas promessas de campanha. O povo não pode ser saqueado, violentado, e agredido dia a dia como se passa com os indígenas do país. Assim, eles chamam o Estado da Guatemala a tomar decisões, que viabilizem políticas a favor da juventude indígena.

Na nota divulgada pelas crianças e jovens indígenas, o presidente Álvaro Colom é um servidor dos empresários oligárquicos e das transnacionais. Ele esqueceu "o objetivo primordial pelo qual foi eleito: o bem comum". Às comunidades, só resta repressão e criminalização, como em Finca Ixtan, Q’eqchies em Livingston, Cobán e em San Juan Sacatepéquez.

Os interesses econômicos dos setores dominantes são os que importam ao governo. Os indígenas sofrem desalojamentos e agressões. Além disso, os jovens denunciam as "formas de racismo e o interesse de vários grupos em que nossa cultura e nosso povo não possa reivindicar os elementos de identidade que historicamente nos pertencem".

O racismo se expressa, entre outras formas, com a exclusão do povo indígena na tomada de decisões. Por isso, os jovens pedem à comunidade nacional e internacional para que se expressem e condenem os atos de violações contra os direitos dos povos indígenas.

Eles pedem, ainda, "que nossos bens naturais não sejam saqueados como está acontecendo em várias comunidades por meio da exploração mineira e de petróleo, levando com eles nossa riqueza e deixando-nos em maior miséria".


Adital.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog