Pai e madrasta de Isabella não acompanharão depoimentos de testemunhas de defesa

O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, réu no processo que apura a morte de Isabella Nardoni, 5 anos, não vai acompanhar os depoimentos das testemunhas de defesa, marcados para a semana que vem, dias 2 e 3 de julho, segundo informação do SPTV.

Os advogados do casal apresentaram 32 nomes a serem ouvidos pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, na condição de testemunhas de defesa. Entre eles está o do legista George Sanguinetti, contratado pela família para contestar os laudos elaborados pela polícia paulista. O juiz, no entanto, condicionou o depoimento de Sanguinetti a apresentação de um parecer.

Em entrevista dada sobre a morte de Isabella, Sanguinetti afirmou que os laudos não confirmam que a menina tenha sido esganada antes de ser atirada pela janela do apartamento do pai, no sexto andar do edifício London. Os advogados afirmaram que o laudo de Sanguinetti será entregue à Justiça na segunda-feira.

O casal mantém a versão, apresentada desde o dia do crime, de que uma terceira pessoa deve ser responsável pelo crime. Os advogados de defesa afirmam que a família não tem suspeitos. O laudo de Sanguinetti é peça-chave da defesa, que contesta os laudos da polícia. Segundo eles, se Sanguinetti demonstrar que não houve esganadura, é possível defender que Anna Carolina Jatobá não participou do crime e, por tabela, excluir a participação do pai, Alexandre Nardoni.

A defesa afirma que a acusação é baseada no ciúme que a madrasta sentia da menina,que a esganou dentro do apartamento. O Ministério Público acusa Anna Jatobá de ter esganado Isabella e Nardoni teria atirado a filha pela janela na tentativa de inocentar a mulher. Para os advogados, se não houver motivo para o crime ou esganadura, a acusação se torna infundada.
Testemunhas de acusação reafirmaram que Anna Jatobá tinha ciúme de Isabella

Disseram ainda que a própria família Nardoni tinha receio de deixar a menina com a madrasta .

Uma nova testemunha, morador do edifício London, disse ter conversado com Pietro, o irmão de três anos de Isabella, e deverá ser chamado a depor pela Justiça.


O Globo.