A Polícia Civil do Distrito Federal suspeita que a índia Jaiya Pewewiio Tfiruipi Xavante, de 16 anos, tenha sido estuprada, empalada e morta por índios da própria etnia por ser deficiente física. Entre os principais suspeitos estão a tia da menina, Maria Imaculada Xavante, e a mãe, Carmelita Xavante. Jaiya era surda e só andava em cadeira de rodas. A menina foi empalada nas dependências da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), no Gama, próximo a Brasília.
A tia e a mãe da índia disseram à polícia que Jaiya não sofreu agressão alguma. A versão choca-se contra o laudo do Instituto Médico-Legal, que constatou "vestígios de violência sexual provocada por objeto contundente, introduzido no ânus e na vagina da indígena", diz nota divulgada pela Polícia Civil.
Segundo reportagem da "Agência Brasil", uma fonte da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) informou que a índia teria sido morta pela tia Maria Imaculada, uma das três irmãs casadas com o pai de Jaiya, durante um acesso de ciúme do marido.
Ainda de acordo com a Agência Brasil, a informação já é do conhecimento da Polícia Civil, que investigava o crime antes de a Polícia Federal assumir o caso , na sexta-feira.
O assassinato ocorreu por volta das 3h de quarta-feira, nas dependências da Casi. Jaiya morreu sete horas depois no Hospital Universitário de Brasília (HUB), vítima de infecção generalizada. Ela teve baço, estômago e diafragma perfurados.
O corpo da adolescente foi levado neste sábado para a cidade de Campinápolis, a 600 quilômetros de Cuiabá, para ser enterrado na aldeia onde ela vivia.
O Globo.
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