A "Pesquisa Nacional de Juventude", realizada pelo Instituto Universitário de Opinião Pública e feita com mais de 1.200 jovens salvadorenhos entre 15 e 24 anos, concluiu que as principais preocupações desses jovens são a violência e a economia. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Centro-americana "José Simeón Cañas" (UCA).
Quase 43% dos jovens apontaram a violência, ou a insegurança, como o principal problema do país. Essa porcentagem inclui a violência, em sentido mais amplo, e as gangues, chamadas pelos salvadorenhos de "maras". Os jovens que indicaram a economia como o principal problema, 44,9%, vêem-no explicitados na pobreza, na economia, no desemprego, no alto custo de vida e na dolarização.
Os organizadores da pesquisa disseram que os jovens que vêem na violência o principal problema do país têm uma série características próprias. "As mulheres, os jovens com níveis educativos mais baixos e os jovens, que têm como preferência política um partido diferente do FMLN (Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional), identificaram mais os problemas de violência e insegurança como os mais importantes para o país".
Já os que vêem a economia como principal problema não apresentaram uma diferença clara em relação a outras variáveis sociais ou sócio-demográficas. Quando perguntados se a situação econômica do país melhorou ou piorou entre 2006 e 2007, 90,2% responderam que ela piorou ou está igual a 2006.
Os jovens entrevistados de faixa etária mais velha, entre 20 e 24 anos, são os que mais apontam os problemas econômicos. Para os especialistas da pesquisa, isso se deve ao fato de que, com o passar do tempo, os jovens "se envolvem mais em atividades econômicas, assim a opinião é baseada em uma experiência direta".
Ao fazerem a mesma comparação sobre a violência em 2006 e 2007, 78,6% disseram que ela aumentou ou está igual. Assim, é "possível observar que existe um consenso bastante amplo, 87,2%, de que o país não está num bom caminho e que, portanto, precisa de mudança".
De modo geral, os jovens salvadorenhos não estão satisfeitos com a situação social ou política do país. Mais de 73% dos entrevistados disseram estar pouco ou nada satisfeitos e 26,2% revelaram estar muito ou algo satisfeito com essa situação. "Os homens, os de mais idade, são os mais insatisfeitos com essa situação", acrescentou a pesquisa.
Adital.
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