A polícia ainda continua sem pistas sobre quem teria cometido o crime.
Adolescente xavante não falava nem andava e passava por tratamento por lesão no cérebro.
A polícia do Distrito Federal ainda não tem suspeitos no caso da índia xavante de 16 anos que morreu na quinta-feira (26). O Instituto Médico Legal (IML) confirmou, nesta sexta-feira (27), que a índia foi vítima de empalamento, porque teve órgãos internos como estômago e baço perfurados por um objeto.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Antonio Romeiro, os depoimentos já começaram. Um funcionário da casa de saúde indígena foi ouvido e outros depoimentos estão previstos para a tarde desta sexta-feira (27). Os familiares vão ser ouvidos depois do enterro.
As janelas da casa que serve de abrigo para os xavantes no Centro de Apoio à Saúde Indígena ficaram fechadas durante a manhã. No pátio, havia pouca movimentação. Ninguém quis falar sobre o assunto.
A índia vivia com a mãe há um mês no abrigo. Elas vieram da aldeia São Pedro, que fica no município de Campinápolis, em Mato Grosso. O corpo da índia deve seguir nesta sexta para a tribo.
Crueldade
A adolescente estava em Brasília para fazer tratamento médico. Quando criança teve meningite e ficou com seqüelas: não falava, nem andava. Na quarta-feira, ela foi internada no Hospital Universitário de Brasília com dores abdominais. No centro cirúrgico, não resistiu a duas paradas cardíacas causadas por infecção generalizada. O corpo da jovem ainda está no Instituto Médio legal (IML).
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável pelo abrigo e acompanhamento médico dos índios, divulgou uma nota. Nela, ressalta que o abrigo tem vigilância 24 horas e que, no dia do crime, 56 pessoas estavam hospedadas no local. A Funai não quis comentar o assunto.
G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário