Formar profissionais em segurança pública ainda mais preparados do que os integrantes da Força Nacional de Segurança, que, em tese, representam a elite dos estados. Com esse objetivo, o Ministério da Justiça anunciou, nesta semana, a criação do Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe). O plano é treinar e capacitar, de acordo com padrões internacionais, 550 agentes durante um ano num quartel adaptado com cenografia e alvos móveis, provavelmente em Luziânia, cidade goiana localizada no Entorno do Distrito federal.
“Estamos tratando de uma super especialidade. Vamos ter homens e mulheres aquartelados, recebendo formação especializada de instrutores de maior gabarito no planeta. Já iniciamos contatos para trazer especialistas israelenses e norte-americanos. Os policiais receberão também o melhor equipamento, de padrão internacional”, ressaltou em entrevista à Agência Brasil o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri. “A Força Nacional sempre é de convocação rápida, mas o Bepe será de convocação imediata, em crises de natureza absolutamente relevantes. Não é em qualquer crise que vamos acionar o Bepe. Não vamos usá-lo de forma banal”, acrescentou.
Atualmente, o contingente da Força Nacional de Segurança, após passar por 15 dias de treinamento em Brasília, permanece nos estados e se desloca diante de chamados específicos. A mobilização é geralmente rápida, mas sem ter caráter imediato. Os agentes do Bepe também retornarão aos estados após a conclusão da capacitação, mas as turmas serão renovadas anualmente.
A manutenção do treinamento de elite, que deve iniciar em agosto, será feita com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Já está prevista a aplicação, ainda este ano, de R$ 27 milhões em equipamentos para o Bepe. De acordo com Balestreri, a vinculação ao Pronasci será também ideológica: “Queremos um batalhão de pronto emprego enérgico, rigoroso como tem que ser policial, mas respeitador de direitos e garantias individuais. Isso é plenamente possível, desejável é o único ideal que podemos ter numa democracia.”
O secretário informou também que a localização do quartel do Bepe ainda não está totalmente definida, mas já há uma candidatura. O governo de Goiás ofereceu as instalações do 10º Batalhão de Polícia Militar, em Luziânia, cidade a 56 km de Brasília. “Vamos avaliar, ver as condições do prédio. Mas temos recursos para construir e fazer a obra que for necessária para as instalações do pessoal do Bepe”, salientou.
Entre os planos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, está a construção no local escolhido de uma cidade cenográfica, com alvos móveis e estruturas especiais para treinamento de tiros de precisão e salvamento em água.
Agência Brasil.
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