A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que a índia xavante de 16 anos que morreu ontem (25) no Hospital Universitário de Brasília foi vítima de violência sexual. A adolescente sofria de uma lesão neurológica grave e por isso não falava e usava uma cadeira de rodas para se locomover.
"Ela realmente sofreu violência sexual que causou sua morte. Nós temos um caso de homicídio qualificado, além do estupro e do atentado violento", disse o delegado-chefe da 2ª delegacia de polícia do Distrito Federal, Antônio José Romeiro, responsável pelas investigações do caso.
A adolescente morreu ao meio-dia de quarta-feira (25) no Hospital Universitário de Brasília, após uma cirurgia. A adolescente teve duas paradas cardíacas e não resistiu. Segundo o delegado, a jovem sofreu perfuração no órgão genital e a cirurgia foi uma tentativa de reverter a situação.
O delegado garante, ainda, que o crime aconteceu dentro da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) do Distrito Federal, da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A garota estava em Brasília para tratamento médico desde o dia 28 de maio.
De acordo com o delegado, a Casai também será investigada. "Os exames indicam que o caso ocorreu entre 24 e 48 horas [antes da morte], período no qual ela se encontrava na Casa de Apoio", afirmou.
"Nós não temos nenhuma dúvida de que a violência ocorreu na Casa de Apoio, e é lá que vamos investigar", disse o delegado.
A Funasa informou, por meio de nota, que "na Casai, a Funasa mantém serviço de vigilância 24 horas. No dia que a indígena passou mal, haviam 56 pessoas entre pacientes e acompanhantes".
Folha de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário