quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tamanho de seio provoca disputa judicial na Suécia

A agência de Seguridade Social da Suécia decidiu suspender o pagamento de benefícios a uma mulher ao constatar que a causa de sua 'invalidez' seriam dores causadas pelo tamanho dos seios dela - grandes demais, segundo os médicos.

A sueca Jessica Andersson, da cidade de Landskrona (sul do país), sofreu um acidente de carro há seis anos, quando dirigia para o trabalho. Desde então ela deixou de trabalhar, devido a fortes dores provocadas por lesões no pescoço e nos ombros.

Mas após uma revisão da paciente no mês passado, os médicos concluíram que a causa das dores de Jessica seria derivada do tamanho excessivo dos seios dela.

De acordo com os médicos, Jessica poderia retornar ao trabalho caso se submetesse a uma cirurgia para redução de seios.

Revoltada, Jessica decidiu apelar na Justiça contra a decisão.

"Sempre pensei que as autoridades fossem imparciais, mas não penso mais desta maneira. Na minha opinião, não se trata de um julgamento puramente médico", rebateu Jessica Andersson em entrevista ao jornal sueco Helsingborgs Dagblad.

"Meus seios sempre foram grandes. Mas eu nunca tive problemas com isso antes do acidente de carro. Eu podia fazer tudo normalmente e sem dor antes do acidente".

Ela chegou a considerar se submeter a uma cirurgia para reduzir os seios, mas chegou à conclusão de que não valeria a pena.

"Estou 99,9% segura de que fazer uma operação para diminuir meus seios não faria a menor diferença. Não é o ideal ter lesões no pescoço quando se tem seios grandes, eu compreendo isto. Mas as lesões continuariam a existir depois da operação", pondera Jessica.

Com base no laudo médico, entretanto, a agência de Seguridade Social decidiu cancelar na semana passada o pagamento de benefícios mensais a Jessica, no valor de 7.700 coroas suecas (equivalente a cerca de US$ 934).

Já na segunda-feira, Jessica começou a fazer um treinamento para o retorno ao trabalho. O objetivo é que ela passe a trabalhar 25% do tempo de trabalho normal.

As autoridades não esperam, no momento, que ela retome as funções em tempo integral.

BBC Brasil.

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