sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Projeto Pacificar apresenta propostas selecionadas

Brasília - As propostas selecionadas pelo Projeto Pacificar foram apresentadas hoje (11), em cerimônia realizada no Ministério de Justiça. As propostas foram desenvolvidas pelos cursos de Direito de várias universidades do país e tem por objetivo de fortalecer nas faculdades o ensino de formas não violentas de resolução de conflitos.

“O objetivo fundamental é incutir na formação jurídica uma nova mentalidade, que busque a composição e a mediação dos conflitos antes da sua judicialização”, afirmou o secretário de Reforma do Judiciário, Rogério Favreto.

Para o secretário, a formação atual dos futuros bacharéis é voltada para o conflito. “A formação do advogado hoje é uma formação que, eu simbolizo, sai com um manancial de armas, um manancial de instrumentos pra você ir pra um ringue, para uma disputa. A lógica é essa, o ‘eu não quero perder’, a lógica do ganhador e do perdedor”, disse.

Favreto disse ainda que, a longo prazo, a não judicialização pode ajudar a desafogar o judiciário. “Ele [o Projeto Pacificar] visa, com certeza [desafogar o judiciário] na medida que você começa a mudar o profissional, que você começa a pensar antes de judicializar, de buscar uma solução, você está evitando, está prevenindo”, afirmou.

O ministério da justiça investiu R$ 1,5 milhões no Pacificar, e cada universidade deverá receber entre 60 e 100 mil reais. O projeto também teve apoio do MEC e da Comissão de Ensino Jurídico da OAB.

BBC Brasil.

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