sábado, 6 de dezembro de 2008

Garibaldi diz que é dramática situação da segurança pública no Brasil

Presidentes dos três Poderes da República reúnem-se nesta segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, para o lançamento da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, destinada a integrar a sociedade civil e o poder público na fixação de um novo paradigma de combate à violência. O presidente do Senado, Garibaldi Alves, não será uma das autoridades presentes à solenidade mais otimistas com o êxito dessa iniciativa.

- O desafio da segurança pública no Brasil é tão grande que faz com que tenhamos dúvida sobre qualquer ação ou mecanismo que seja posto em prática para discutir novas estratégias de combate à violência. Reconheço que uma conferência como essa reacende a esperança de que possamos, pelo menos, ter novas idéias de soluções voltadas para esse contexto dramático da segurança pública no país. Mas não sou otimista.

Lembrando que a insegurança está, hoje, entre as três maiores preocupações do povo brasileiro, Garibaldi observou que, mesmo nas menores unidades da federação, a violência ganha, cada dia, mais espaço.

- Por mais que os estados menores apresentem um quadro menos aterrador de violência, eles já estão sendo invadidos por essa onda de insegurança - disse o presidente do Senado, por telefone.

Coordenada pelo Ministério da Justiça, a Conferência Nacional de Segurança Pública tem por propósito envolver a sociedade e o poder público na construção de uma política duradoura e efetivamente capaz de reduzir a violência nas ruas. A etapa conclusiva, em âmbito nacional, dessa conferência será em agosto de 2009. Até lá, o governo pretende fazer essa discussão ampliar-se por todo o país, mediante debates e seminários temáticos.
A idéia que move o governo nesse empreendimento é fazer a sociedade mobilizar-se e contribuir com idéias, mediante todos os meios disponíveis, amparada na compreensão de que a segurança é um direito fundamental do cidadão. De acordo com o ministro da Justiça, Tarso Genro, "ninguém tem autoridade tão legítima quanto a população para dizer que política de segurança deseja para o país". Ele também disse que o governo nunca esteve tão preparado e aberto como agora para dialogar com prefeitos, governadores e a sociedade em geral sobre os desafios da segurança pública.

Teresa Cardoso / Agência Senado

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