segunda-feira, 14 de julho de 2008

PM acusado de atirar em rapaz em Ipanema é solto

Para Justiça, prisão era ilegal; policial agora responde processo em liberdade.
Jovem Daniel Duque foi baleado em frente a uma boate na Zona Sul do Rio no dia 28.

Foi solto na tarde desta segunda-feira (14) o policial militar suspeito de atirar e matar o jovem Daniel Duque, em frente a uma boate em Ipanema, Zona Sul do Rio na madrugada do dia 28. Marcos Pereira do Carmo foi denunciado pela Promotoria de Justiça por homicídio com dolo eventual - quando o autor assume a responsabilidade pelos seus atos. Ele responderá ao processo em liberdade.

Marcos prestou depoimento nesta tarde, e deixou o Fórum do Rio, no Centro da cidade, em liberdade. A Justiça decretou a revogação da prisão de Parreira, alegando que ela seria ilegal.

No depoimento, o PM se defendeu das acusações, dizendo que o tiro que matou o jovem teria sido acidental. Segundo o policial depois de dar dois tiros buscar para o alto, Daniel Duque teria tentado tirar a arma de Parreira, quando foi atingido acidentalmente.

A polícia recebeu o laudo do Instituto Médico Legal que mostra como e onde Daniel Duque, de 18 anos, foi atingido. O laudo, segundo o diretor de polícia da capital, Sérgio Caldas, já foi juntado aos autos e consta que a causa da morte foi um tiro que entrou na altura da axila.

“Não foi transfixante e constam lesões pelo corpo. Aponta especificamente a ferida causada pelo projétil. Foi à curtíssima distância, foi bem próximo que ele tem elementos característicos de pólvora”.


Segurança de filho de promotora

O policial fazia segurança do filho da promotora Márcia Velasco, Pedro Velasco. a promotora divulgou uma carta solidarizando-se com os pais de Daniel . A mãe de Pedro clamou por justiça.

Em carta, a promotora, que está sob proteção policial há sete anos em razão de ameaças do traficante Fernandinho Beira-Mar, disse que ela e sua família convivem com o medo.

Márcia Velasco diz, ainda, que o policial Marcos Parreira do Carmo sempre demonstrou autocontrole e pede que ele seja julgado, e não pré-julgado, com o direito de defesa que se deve a todos, e que até Beira-Mar recebeu.



No depoimento que prestou à 14ª DP (Leblon), Pedro Velasco confirmou a versão do soldado da PM. O jovem relatou que viu o PM sendo cercado e quase dominado pelo grupo que estava com a vítima.


Amigo dá outra versão

Já um amigo de Daniel, identificado apenas como Gustavo, deu outra versão. De acordo com a polícia, o jovem disse que ele, Daniel e mais outro amigo foram xingados por um grupo de rapazes. Segundo Gustavo, um homem sacou uma pistola e apontou na sua direção dizendo que ele queria arrumar confusão.

Durante a briga, Gustavo disse ter ouvido três tiros e, em seguida, viu Daniel caído no chão, levando ainda dois chutes.


G1.


Nota do Blog: Fala Sério, os polícias do Brasil são considerados um dos mais violentos do mundo, e por estes dias estão matando, como se fosse gado, pessoas inocentes, principalmente crianças e adolescentes, sem motivo aparente algum. Agora, este polícial "Marcos Pereira do Carmo", que matou a queima roupa um jovem, sai da cadeia, vai cumprir o processo em liberdade, fala sério!!! Sóu até a favor de cumprir o processo em liberdade, na maioria dos casos, agora, homicidio é crime grave. O mais díficil é saber que tem muita gente pobre, negra, sem estudos, que estão presas na cadeia, em carater provisório, por terem cometido algum crime patrimonial, crimes estes em grande maioria, praticados diante da necessidade (por ex. alimentação) que a maioria da população brasileira se encontra....Fala sério, este policial, se é que se pode chamar assim, deveria é estar na cadeia, preso, e responder ao processo preso. Policias deste nivel, que deveriam dar segurança a sociedade, estão soltos por ai, praticando cada dia mais atrocidades contra a vida alheia...

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