quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pedreiro nega desentendimentos com pai de Isabella

Prestadores de serviço dizem em juízo que chaves do Edifício London ficavam na portaria.
Eles afirmaram no Fórum de Santana que eram cadastrados para trabalhar no prédio.

O pedreiro José Vandevaldo Melo Gomes, que fez trabalhos nos apartamentos 62 e 63 do Edifício London pertencentes a Alexandre e Cristiane Nardoni, respectivamente, afirmou em audiência no Fórum de Santana, na Zona Norte, que nunca teve desentendimentos com o pai de Isabella, Alexandre Nardoni.

Dois policiais estavam entre as testemunhas já ouvidas nesta quinta-feira (3), no processo que julga a morte de Isabella Nardoni. Eles disseram que a vistoria no dia do crime atingiu inclusive apartamentos que estavam sem moradores.

Nos depoimentos de quarta-feira (2) convocados pela defesa, os advogados do pai e da madrasta de Isabella perguntaram a várias testemunhas se conheciam o Vando, como José Vandevaldo Melo Gomes é conhecido. Para o promotor Francisco Cembranelli, a defesa tentou sugerir que o prestador de serviços poderia ter algum envolvimento com a morte de Isabella na noite de 29 de março.

Segundo José Vandevaldo, as chaves dos imóveis sempre ficavam na portaria do Edifício London. Ele contou que, na primeira vez que foi ao prédio, apresentou seu RG e fez um cadastro. Por isso, nas outras vezes que foi ao local apenas se identificava para entrar.

O pedreiro também confirmou ter trocado fechadura dos imóveis em fevereiro passado, antes do crime. Ele disse na audiência que, às vezes, trabalhava aos sábados no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, até as 12h.

Antônio Gomes Pereira, cunhado de José Vandevaldo, que fez reparos nos apartamentos de Alexandre e Cristiane Nardoni, afirmou que a entrada no prédio aos sábado só era permitida aos auxiliares de serviços gerais até esse horário. Ele afirmou que costumava pegar as chaves no início do dia na portaria e entregá-las ao final do expediente. Antônio Gomes Pereira afirmou que nunca levou as chaves para casa.

Os prestadores de serviço confirmaram terem estado no prédio na manhã do dia do crime para trabalhar em outros apartamentos.


Policiais

Até as 16h30, haviam sido ouvidas sete das trezes testemunhas intimadas nesta quinta-feira (3). Dois policiais militares também foram ouvidos na tarde desta quinta-feira pelo juiz Maurício Fossen, do 2o Tribunal do Juri da capital. Os policiais Valter Santos da Silva e Luiz Carlos Mariano, que estiveram no apartamento do casal no Edifício London logo após o crime, contaram ter visto uma gota de sangue no corredor do apartamento e não notaram sinais de arrombamento no imóvel.

Valter Santos da Silva afirmou que todos os apartamentos habitados do Edifício London foram vistoriados, assim como os que estavam vazios que tiveram a chave localizada. O policial também viu Anna Jatobá muito nervosa, ajoelhada ao lado do corpo de Isabella, no jardim do prédio.

Ao chegar ao prédio, Luiz Carlos Mariano encontrou Alexandre Nardoni que dizia que havia alguém em seu apartamento. Ele foi ao imóvel e informou o pai de Isabella que não havia ninguém no apartamento. Os depoimentos dos policiais foram relativamente curtos, de 15 a 20 minutos.

Damião da Silva Santos, o porteiro noturno do prédio dos pais de Anna Jatobá em Guarulhos, na Grande São Paulo, confirmou que o casal chegou ao edifício às 18h e foi embora às 23h. Ele trabalha no prédio há 12 anos e diz que nunca presenciou brigas da madrasta com o pai dela, Alexandre Jatobá


G1.

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