sábado, 5 de julho de 2008

Padrasto assume agressão à criança de 2 anos

O padrasto de Amanda Orbach Pereira, de 2 anos, que morreu depois de ser espancada na noite de quinta-feira (3), no município de Colombo, região metropolitana de Curitiba, assumiu a agressão. Ele confessou, na tarde desta sexta-feira (4), que bateu na cabeça da menina e que ela desmaiou. A causa da morte da menina, apontada pela avalição preliminar do Instituto Médico Legal (IML), foi traumatismo craniano.

José Carlos da Silva disse, em entrevista coletiva, que tinha negado a agressão a pedido da própria mãe da garota, Janete Aparecida Orbach. Silva disse bateu na criança porque ela estava chorando depois de já ter jantado. Janete confessou que também batia na criança, mas só com o objetivo de “educar”. Ela acusa o padrasto de espancar Amanda rotineiramente.

A primeira versão que o casal contou à polícia era que a criança teria caído de uma cadeira. Janete teria afirmado inclusive que não estava em casa quando o fato aconteceu, mas a informação foi contestada pelo marido. Janete tem outros dois filhos de outro casamento. Um deles está com o pai e o outro com a avó. Ela também é acusada de bater nos outros filhos. O pai biológico de Amanda é falecido.

A delegada de Alto Maracanã, Márcia Rejane Vieira Marcondes, vai ouvir vizinhos e parentes nos próximos dias. O inquérito deve ser concluído e encaminhado à Justiça já na semana que vem.

A previsão da polícia era de que mãe da menina seria encaminhada ainda na noite desta sexta-feira para a Delegacia de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. O padrasto seria levado para o Centro de Triagem II, em Piraquara, também na região metropolitana. Eles responderão inquérito por homicídio doloso, com o agravante de a vítima ser uma criança e poderão ser condenados à pena de seis a 20 anos de reclusão.

O caso

Por volta das 20 horas de quinta-feira, o casal levou a menina com graves ferimentos ao pronto-socorro 24h do Alto Maracanã. Eles alegaram que a menina teria sofrido um acidente. “Os médicos perceberam que ela havia sido agredida e chamaram a polícia”, contou Braga.

Duas horas depois de dar entrada no hospital, Amanda não resistiu aos ferimentos e morreu. Janete e Silva foram encaminhados à delegacia e ouvidos pelos policiais. De acordo com o telejornal Paraná TV 1ª edição, o casal está junto há dois meses e há informações de que a criança era constantemente maltratada.

Outros casos de violência extrema contra crianças

Situações de violência extrema contra crianças envolvendo os próprios pais aparecem com freqüência no noticiário policial. O caso mais recente ocorreu no dia 20 do mês passado, na cidade paulista de São José dos Campos, em São Paulo. O técnico em eletrônica Eduardo Marques Martine, de 28 anos, feriu seu filho de 3 anos a facadas e tentou jogá-lo pela janela. A criança só não foi arremessada porque um amigo da família conseguiu impedir.

O assassinato de Isabella Nardoni, poucos dias antes de completar 6 anos, em São Paulo, causou comoção nacional. O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, de 29 anos, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, 24, são acusados de ter agredido a menina e a jogado do sexto andar do edifício onde o casal morava, na noite de 29 de março deste ano. Denunciados à Justiça, Alexandre e Anna Carolina cumprem prisão preventiva.

Karla Cassiane Ponfrecki, então com 19 anos, denunciou o seqüestro de sua filha de 40 dias, Nicole Eduarda Ponfrecki Guedes, no dia 30 de maio do ano passado, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Dois dias depois, o corpo do bebê foi encontrado em uma valeta. Interrogada pela polícia, Karla confessou ter derrubado acidentalmente a criança enquanto a amamentava. Temendo a reação da família do pai de Nicole, ela decidiu jogar o corpo e inventar a história do seqüestro.

O produtor artístico Alexandre Alvarenga, então com 31 anos, jogou o filho de 1 ano contra o pára-brisa de um carro depois de se envolver em um acidente de trânsito, há cinco anos, em Campinas, no interior paulista. Em seguida, bateu a cabeça da filha de 6 anos em uma árvore. O menino teve traumatismo craniano e ficou internado por 16 dias. A menina teve ferimentos leves. Acusada de conivência, a mãe das crianças, Sara Maria Rosolen Alvarenga, que presenciou o crime, foi presa com o marido.


Gazeta do Povo.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog