terça-feira, 22 de julho de 2008

Mãe acusada de vender filha é presa em Colombo




Acusada de tentar vender a filha de 3 anos para um casal, Natália Batista Ferreira, 35 anos, foi encaminhada para a delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, na manhã de ontem. Mãe de nove filhos, a mulher já teria entregado seis deles para pessoas desconhecidas.

O casal Sebastião Soares de Paula, 29, e Ceila Marques, 31, que mora em Osasco (SP), também foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Os três foram autuados em flagrante pelo artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente - prometer ou efetivar a entrega de filho mediante pagamento. A pena para o crime varia de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa.

Policiais militares do 17.º Batalhão receberam a denúncia anônima que Natália estaria reunida com o casal paulista para vender a filha. “Fomos até a casa dela e descobrirmos que eles estavam no cartório do Alto Maracanã, onde uma procuração estava sendo feita para que a criança fosse levada para São Paulo”, contou o soldado Alves.

Na delegacia, após se contradizer algumas vezes, Natália confirmou que a menina ficaria com o casal por seis meses para adaptação. “Se desse tudo certo, eu daria a guarda dela para eles”, admitiu.

Sebastião e Ceila também confirmaram que iriam ficar com a criança. Porém, os três negaram que haveria dinheiro na negociação. A mãe e o casal foram autuados em flagrante pela delegada Márcia Rejane Vieira Marcondes.

Histórico

De acordo com informações do Conselho Tutelar, Natália já tinha histórico de venda de crianças. Dos nove filhos, apenas três ainda moram com ela. “Os outros seis foram entregues para pessoas estranhas e, em apenas um dos casos, a adoção foi feita legalmente”, lembrou Marina, do Conselho Tutelar.

Além disso, há denúncias contra as condições em que as crianças sobrevivem. “Atendemos a residência dela com freqüência. Sempre há denúncias contra ela, inclusive de espancamento”, afirmou a conselheira. Com a prisão de Natália, as três crianças foram encaminhadas para uma casa de apoio e o caso será analisado pelo Ministério Público.


O Estado do Paraná.

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