segunda-feira, 21 de julho de 2008

Lei seca: 3% dos motoristas são presos em 1 mês em SP

No primeiro mês de vigor da lei seca, menos de 3% das pessoas que passaram pelo bafômetro na cidade de São Paulo acabaram detidas e levadas para a delegacia. De 20 de junho até a madrugada de ontem, a Polícia Militar montou 193 pontos de blitze, com 2.219 pessoas submetidas ao teste do bafômetro, 169 autuadas por embriaguez e 62 presas em flagrante. A assessoria de imprensa da PM, no entanto, não soube informar se alguém continua preso.

Desde que a Lei 11.705 entrou em vigor, a PM faz blitze intensivas na capital entre quinta-feira e domingo. Na última noite da operação Direção Segura, entre 22 horas de anteontem e 3h30 de ontem, a polícia intensificou ainda mais a fiscalização - 761 pessoas foram abordadas e 305 delas passaram pelo bafômetro, um número duas vezes maior do que a média dos outros fins de semana da lei. Ainda assim, nenhuma pessoa foi encaminhada para a delegacia e 13 foram autuadas por embriaguez.

Flagrado com 2 decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,1 miligrama por litro de ar expelido, o motorista já recebe multa de R$ 957,70 e perde a habilitação. Caso o condutor seja flagrado dirigindo com 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,3 miligrama por litro de ar expelido - o equivalente a dois chopes -, ele responde criminalmente, fica sujeito a pena de 6 meses a 3 anos de prisão, com direito a fiança.

O Instituto Médico Legal afirma que já verificou queda no número de mortos em acidente de trânsito depois do início da lei. A redução foi de 63% nas três semanas após sua sanção, na comparação com as três semanas anteriores. O levantamento, porém, não leva em conta o mesmo período de 2007 por impossibilidade técnica de realizar os cálculos, segundo a Secretaria de Segurança Pública.


Estadão.

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