quinta-feira, 3 de julho de 2008

Caso Daniel Duque: Polícia vai indiciar PM por homicídio doloso

RIO - O delegado da 14 DP (Leblon), Rafael Menezes, responsável pelas investigações sobre o assassinato de Daniel Duque, de 18 anos, morto na madrugada de sábado em frente à boate Baronetti, em Ipanema, concluirá nesta quinta-feira o inquérito e o remeterá à Justiça. O policial militar Marcos Parreira do Carmo, que fazia a segurança do filho da promotora Márcia Velasco, Pedro Velasco, será indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar.

Rafael Menezes disse que o inquérito não entrará no mérito de considerar se o tiro que matou Daniel foi disparado em legítima defesa, como alega o policial:

A jovem que teria sido o pivô da briga na saída da boate prestou depoimento por cerca de uma hora na 14 DP. Ela contou ao delegado que saiu da casa noturna acompanhada de Bruno Monteiro Leite, amigo de Pedro Velasco, quando foi abordada por Gustavo Neves Lacerda Melo, que estava com o grupo de amigos de Daniel Duque. Nesse momento, teria começado a briga.

Para Rafael Menezes, o PM foi preso em flagrante, não se apresentou espontaneamente. O delegado encaminhará o registro do flagrante nesta quinta à Justiça.

Bruno também prestou novo depoimento nesta quarta, para explicar a briga na porta da boate. Ele reafirmou que saiu com a jovem e, na hora da confusão, pediu ajuda ao segurança do amigo Pedro Velasco.

Nesta quinta, um advogado do escritório de Nilo Batista, contratado pela família de Daniel, vai pegar uma cópia do inquérito, depois de ter conseguido um mandado de segurança no 3 Tribunal do Júri.

Também nesta quinta, o advogado Nélio Andrade irá pedir o relaxamento da prisão do soldado Marcos Parreira do Carmo, segurança do filho de uma promotora que matou com um tiro à queima-roupa o estudante Daniel Duque. Segundo Nélio, o disparo foi acidental e ocorreu no momento em que o grupo de Daniel tentava tomar a arma do policial. O advogado disse ainda que a prisão em flagrante foi irregular.

Segundo o RJTV, há duas versões para o tiro que matou Daniel: de que o policial teria atirado diretamente em direção a Daniel Duque; e a versão de que o tiro teria sido acidental, quando tentaram agarrar o braço do policial.
Pedro já esteve envolvido em briga

O jovem Pedro Velasco já esteve envolvido em outra briga: segundo a polícia, na madrugada de 31 de janeiro de 2007, depois de festejar o seu aniversário, ele teria sido agredido com uma garrafada na cabeça, dentro da boate Cat Walk, na Barra da Tijuca. A informação consta do inquérito 016-01297/2007, da 16 DP. De acordo com a polícia, Pedro figura no inquérito como vítima. Ainda segundo policiais que participam da investigação - ainda não concluída - a agressão teria acontecido sem motivo aparente. A polícia informou que o proprietário da boate, que teria dado um soco num amigo de Pedro, tinha mandado de prisão expedido por tráfico de droga e hoje está preso.
Programa Noite Legal fiscalizará a boate Baronetti

Raphael Marzano, um dos coordenadores do programa Noite Legal, da Secretaria de Segurança, disse nesta quarta que fará operações na boate Baronetti, em Ipanema, para verificar se a casa cumpre o limite da lotação máxima permitida. A 14 DP (Leblon) vai enviar à Polícia Federal cópias do depoimento do PM Marcos Parreira do Carmo, para que apure se a boate Baronetti vem permitindo a entrada de pessoas armadas.


O Globo.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu acho muito bom que esse cara vai ser indiciado por esse crime taõ cruel ,sei que muita gente no Basil pessa o mesmo e é ainda mais lamentavel saber que esse caso nao foi nem o primeiro, nem o ultimo. é triste pensar que um jovem tao cheio de vida e planos pro futuro perdeu a sua vida em consequencia de uma pessoa sem escrupulos.

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