terça-feira, 15 de julho de 2008

Audiência no TST pode pôr fim à greve nos Correios

Uma audiência de conciliação, a ser realizada hoje pela manhã no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, pode ser decisiva para o futuro da greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Caso não haja acordo, o TST deverá sortear um relator e marcar data para julgar a legalidade da greve.

Hoje, ainda pela manhã, os funcionários dos Correios em Curitiba devem realizar uma assembléia para avaliar o resultado da reunião.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom/PR), Nilson Rodrigues dos Santos, diz que o prognóstico não é bom. “A proposta de acordo da semana passada já foi rejeitada pelos empregados. Então, não estamos com muita expectativa”, diz.

Grevistas de Curitiba fizeram ontem, na Boca Maldita, uma demonstração do risco que os carteiros passam durante a entrega de correspondências. Foi feita uma simulação de ataque de cães e entregue uma carta à população, que listava outros riscos do trabalho, como o câncer de pele, problemas de coluna e assaltos. A idéia era justificar o porquê da reivindicação dos 30% de adicional de risco, um dos motivos da greve.

Ontem ainda, em Brasília, cerca de 500 empregados da ECT fizeram uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Além do adicional de risco, os funcionários reivindicam a negociação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a revisão da participação nos lucros.

A greve, que entra hoje em seu 15.º dia, já causou o atraso na entrega de cerca de 3 milhões de correspondências no Paraná. Segundo a ECT, o número é estável em relação à semana passada porque, enquanto entregas continuam sendo feitas, muitas empresas estão evitando postar novas correspondências.


O Estado do Paraná.

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